Categoria Geral  Noticia Atualizada em 31-07-2014

Claro terá que abrir capital para incorporar Embratel
Agência deu autorização prévia para reestruturação do grupo. Operação pode baratear chamadas de longa distância com celular.
Claro terá que abrir capital para incorporar Embratel
Foto: g1.globo.com

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira (31) autorização prévia para uma reestruturação societária do grupo Claro/Embratel, que vai permitir às empresas operarem sob uma mesma estrutura. Para que a decisão tenha validade, porém, a agência impôs algumas condições, entre elas a abertura de capital da Claro.

Com a reestruturação, a Claro, que hoje opera serviço de telefonia celular, vai incorporar outras empresas do grupo, entre elas a Net, de tv por assinatura, e a Embratel, concessionária de telefonia fixa responsável pelas chamadas de longa distância nacional e internacional.

A legislação do setor obriga empresas que detenham concessão de serviço público a ter capital aberto, medida que visa dar mais transparência à administração e facilita o acompanhamento da gestão pelas agências reguladoras. Como a Claro vai receber a concessão que hoje pertence à Embratel, mas tem capital fechado, terá que abri-lo.

O grupo Claro/Embratel é controlado pelos mexicanos da Telmex.

Chamadas mais baratas

A unificação de estruturas no setor de telecomunicações foi autorizada por uma lei de 2011, criada devido ao avanço dessas empresas para várias áreas (telefonia móvel e fixa, internet e tv por assinatura).

Ao juntar suas operações, a companhia ganha eficiência e reduz custos, tanto administrativos quanto com pagamento de impostos. Por isso, outra medida da Anatel foi condicionar a reestruturação do grupo Oi a uma revisão tarifária para repassar aos consumidores esses ganhos.

Pela proposta, a economia resultante da unificação, que ainda vai ser apurada, será transformada em desconto no valor da tarifa para as chamadas de longa distância nacional, desde que envolvam celulares. Ou seja, nas ligações de longa distância entre dois celulares, de um celular para um telefone fixo ou de um fixo para um celular.

Essa proposta, porém, pode ser alterada, já que a Anatel estuda conceder liberdade tarifária para as chamadas de longa distância nacional.

Antes do grupo Claro/Embratel, esse tipo de autorização já havia sido concedida pela Anatel à Sercomtel, que atua no Paraná, e ao grupo Telefonica/Vivo.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir