Categoria Vírus & Cia  Noticia Atualizada em 01-08-2014

Grávida que morava em cemitério é levada a casa alugada pela
Casa é de madeira e não tem banheiro; prefeitura vai doar cesta básica. Casal morava em jazigo próximo ao túmulo da filha que morreu em 2013.
Grávida que morava em cemitério é levada a casa alugada pela
Foto: www.maratimba.com

A grávida que morava, junto com o marido, em um jazigo ao lado do túmulo da filha no Cemitério Santa Cruz, em Guajará-Mirim (RO), município a 330 quilômetros de Porto Velho, foi levada para uma casa alugada. A prefeitura se comprometeu a pagar o aluguel e doará uma cesta básica por mês para o casal.
Sandra da Silva, de 25 anos, e Josiano Cavalcante, de 23 anos, estavam há cerca de um mês vivendo um mausoléu no Cemitério Santa Cruz, próximo à sepultura da filha do casal, que morreu em 2013 afogada em um balde de água. A família, dona do jazigo, registrou um boletim de ocorrência e pedia a saída deles.
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Grávida e marido vivem há um mês em jazigo ao lado do túmulo da filha
Após saber do caso, a Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Semtas) decidiu ajudá-los. A nova residência de Sandra fica no Bairro Tamandaré. É uma casa de madeira, simples e não há móveis. O colchão de solteiro continua no chão. Também não há banheiro dentro da casa. A mudança aconteceu na quinta-feira (31). "Hoje cedo já vieram aqui, disseram que iam trazer a cesta básica e buscar o Josiano para fazer os documentos. Agora está bem melhor. Daqui a pouco vou limpar tudo", afirma Sandra.
Jazigo fica próximo a túmulo da filha do casal (Foto: Dayanne Saldanha/G1)
Casal morava próximo ao túmulo da filha
(Foto: Dayanne Saldanha/G1)
Ela diz que ficou satisfeita com a mudança, mas continua resistente em relação a saúde. Mesmo sem nunca ter feito pré-natal, Sandra diz que teme ser mal atendida ou mesmo descobrir que não está grávida. "Um médico em Surpresa [distrito de Guajará-Mirim] disse que eu não estava grávida, que estava um cisto. Mas a minha barriga cresce e mexe", diz jovem garantindo que só vai ao hospital quando for dar a luz.
Além de pagar o aluguel, a prefeitura deve encaminhar os dois para inclusão de benefícios sociais do governo federal. Josiano, que catava latinhas para sobreviver, conseguiu um emprego temporário no próprio cemitério em que morava. Ele ajuda a construir túmulos. Mas a noite, continua recolhendo latas de alumínio para vender. "Agora é vida nova", comemora Josiano.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Larissa Carrijo    |      Imprimir