Categoria Geral  Noticia Atualizada em 01-08-2014

Inspeção flagra superlotação no Hospital São Lucas
Fiscalização foi pelo Sindicato dos Médicos e pela Defensoria Pública. Foram vistos pacientes em corredores e acomodados no chão.
Inspeção flagra superlotação no Hospital São Lucas
Foto: g1.globo.com

O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo e representantes da Defensoria Pública Estadual estiveram, na manhã desta sexta-feira (1), no Hospital São Lucas, em Vitória, para uma inspeção. Segundo os órgãos, foram encontradas condições precárias de tratamento, com pacientes distribuídos por corredores e até mesmo acomodados no chão.

Durante a fiscalização, uma equipe do Corpo de Bombeiros entrou no hospital, em busca de macas que entraram com pacientes há dois dias e não tinham sido devolvidas. Pelos corredores, era possível ver macas do Samu 192, que deveriam estar nas ambulâncias, mas abrigam pacientes. Os pacientes do hospital se queixam da falta de leitos, além da higiene precária nos banheiros e a demora nas transferências dos doentes, até mesmo por falta de ambulâncias.

O defensor público Lucas Marcel ressaltou a importância da ação conjunta entre os órgãos. "Colocamos a Defensoria Pública à disposição da população capixaba, para que com nosso auxílio, recorra ao Judiciário, se necessário, para obter melhores condições de saúde e tutela à sua vida", destacou.

Depois da visita o sindicato afirmou que pode até pedir a interdição do hospital. "Queremos que acabem com essa situação de pacientes no corredor e pacientes no chão", disse o presidente do órgão, Otto Baptista.

O secretário estadual de Saúde, Tadeu Marino, reagiu com indignação à maneira como foi feita a inspeção no hospital. "Queria mostrar minha indignação com a forma truculenta e arrogante com que a inspeção foi feita. Houve ameaça de prisão. Não concordamos com esta forma de entrada no hospital. Essas imagens são repetidas. Por mais que tenhamos aberto mil novos leitos nesta gestão, não conseguimos dar conta de um déficit deixado pela administração anterior, de mais de seis mil leitos hospitalares", falou.

Segundo ele, o problema da superlotação tem uma data para ser resolvido: setembro, quando o novo hospital, que está em reforma há sete anos, vai ser entregue à população.


Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir