Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-08-2014

Professora de dança do ventre emagrece 21 kg em 6 meses
Monica Holanda teve medo que excesso de peso prejudicasse a dança. Paulistana mudou alimentação, aderiu à caminhada e aos exercícios.
Professora de dança do ventre emagrece 21 kg em 6 meses
Foto: g1.globo.com

Monica Holanda passou anos deixando a mudança de hábitos "para depois". Nos últimos dois anos, inclusive, ela chegou a "cortar relações com a balança" e nem sequer sabia mais quanto estava pesando. Mas mesmo sem ver o número no visor da balança, seu corpo sentiu o excesso de peso e a professora de dança do ventre começou a temer que as dores no joelho e no calcanhar comprometessem a continuidade do que ela mais ama fazer.

"Mesmo como professora, faço aulas de aperfeiçoamento. Em janeiro, na primeira aula de um curso intensivo, que iria durar alguns meses, eu estava com várias bailarinas e tinha várias dinâmicas. Comecei a ver que eu era a mais velha, e vi que não tinha fôlego nenhum. Não que não tivesse reparado nisso antes, mas foi algo em que eu estava muito exposta, no meio de outras pessoas da minha profissão. Pensei: ‘gente, não vai dar, não vou conseguir continuar a fazer o que mais amo’", relata.
Esse episódio funcionou como o "chacoalhão interno" que faltava para que Monica desse um basta na situação. Neste momento, a professora de 1,60 m de altura estava pesando 93 quilos. A primeira decisão de Monica foi melhorar a alimentação. "Comecei fazendo a dieta do Dr. Alfredo [Halpern, consultor do Bem Estar]. Já tinha o livro empoeirado na minha estante, porque vinha de outras tentativas frustradas. Era a única que eu vi que tinha dado um pouco mais de resultado, e que era a mais coerente com meu jeito, que não iria me privar de tanta coisa", conta.

Monica diz que tem um "paladar infantil". "Minha alimentação era toda desregrada, só pizza, coxinha, era só o que não podia. Não sou aquela pessoa que come brócolis, tenho o paladar meio restrito." Aos poucos, a professora de dança do ventre começou a consumir alguns tipos de legumes e verduras, reduziu o tamanho das porções, mas procurou não abolir nada totalmente.
Quando decidiu que era hora de fazer uma atividade física, Monica pensou: "como vou fazer atividade física se estou deste tamanho e tudo dói?". Ela, então, foi aconselhada por seu terapeuta a simplesmente sair de casa, olhar no relógio, e ir andando. Passados 15 minutos, ela deveria voltar. "Foi essa a estratégia para criar o hábito da caminhada. Se eu me matriculasse numa academia, ia deixar um monte de cheques lá, como já fiz várias vezes na minha vida, e não ia necessariamente criar um hábito."
Atualmente, a paulistana faz caminhadas de 5 quilômetros, alternando passo rápido com trote, pelo menos cinco vezes na semana. Ela também pratica, em casa, exercícios de condicionamento e resistência, de acordo com uma planilha montada por uma fisioterapeuta sua amiga, que também é professora de dança do ventre.

Em aproximadamente seis meses, Monica eliminou mais de 20 quilos e hoje está pesando 72 kg. "Quando as pessoas vêm falar comigo, vêm procurando uma fórmula mágica, e era o que eu procurava antes. Não tem fórmula mágica, tem que diminuir o que você come e fazer atividade física. Isso vindo de uma pessoa que já tomou até remédio para emagrecer. O ‘basta’ é interno. Você fala: para tudo, está tudo errado, não quero mais isso para a minha vida", diz.
Decidida a "materializar" suas conquistas, a paulistana se inscreveu em uma prova de corrida. Alternando trote e caminhada acelerada, ela conseguiu conquistar sua primeira medalha e, no próximo domingo (3), vai em busca da sua segunda medalha. Monica ainda quer emagrecer mais dois ou três quilos, mas já comemora muito os resultados. "Tudo está mais leve, para dançar está mais leve, tenho mais fôlego, não dói mais nada."



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir