Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-08-2014

Lutador suspeito de matar bebê tem 2º filho com sequelas
"Psicopata", afirma ex-namorada de jovem procurado pela polícia de Vinhedo. Ele foi denunciado por espancar, em 2011, primogênito que hoje tem 6 anos.
Lutador suspeito de matar bebê tem 2º filho com sequelas
Foto: g1.globo.com

O lutador de jiu-jitsu de Vinhedo (SP) Tiago Ahmar de Moraes, procurado pela Justiça suspeito de ter matado o próprio filho de 2 anos de idade espancado, já foi denunciado por uma ex-namorada por ter agredido o filho mais velho que tem com ela. De acordo com a mãe, a criança, que hoje tem 6 anos e vive na capital paulista, ficou com sequelas por causa do trauma sofrido após uma surra, em 2011. "Ele é um psicopata", desabafou ao G1.
Moraes teve um mandado de prisão expedido contra ele na segunda-feira (28), após a Polícia Civil apurar que ele é um dos principais suspeitos da morte de Yago Vinicius de Moraes. A criança teria morrido após ser submetida a sessões de espancamento, inclusive, com golpes da arte marcial praticada pelo pai. O garoto morreu na quinta-feira, no Hospital de Clínicas da Unicamp, após ficar internado durante uma semana com traumatismo craniano e perfuração de órgãos vitais, segundo relatos de familiares à polícia.
"Quando eu soube do que aconteceu, chorei, caí de joelhos e agradeci imensamente pela vida do meu filho. Eu fiquei muito triste pela tragédia, e por outro lado agradeci por Deus ter afastado ele de mim e do meu filho", relata Nara de Melo.

A agressão
A mulher, que tem 32 anos, teve um relacionamento de um ano com Tiago e afirma que o rapaz sempre se mostrou gentil, educado e atencioso, porém nunca teve muitos amigos. O jovem, de classe média alta, teria batido no filho, quando o menino tinha pouco mais de 2 anos, em 2011. Pelo boletim de ocorrência, a mãe permitiu que ele passasse o dia com a criança na companhia do avô e da madrasta. Após almoçarem juntos, no entanto, ele foi até o apartamento com a justificativa de escovar os dentes do bebê enquanto a família dele o esperava na portaria.
"Ele voltou chorando e depois, enquanto ele dormia no meu colo, eu achei os arranhões na cabeça e marcas roxas no pescoço. Cerca de um mês depois, eu notei que meu filho, que era uma criança normal, estava fechado, isolado", conta Nara.
De acordo com ela, desde então, o garoto passou a ter problemas na fala, no desenvolvimento e relacionamento social. "Ele faz tratamento com psicólogo, neurologista, neuropsiquiatra, por causa dessas sequelas. Ele não chama o Tiago de pai, tem medo dele. Ele é um mostro", conta.
Boletim
A denúncia feita por Nara e pela mãe dela contra Tiago foi registrada no dia 20 de janeiro de 2011 no 1º Distrito Policial da capital, na Sé, para apuração do crime de lesão corporal. A equipe da Polícia Civil na delegacia informou, no entanto, que este tipo de crime precisa que a vítima entre com uma representação em um prazo de seis meses para dar andamento no processo. Isso não ocorreu no caso da suposta agressão segundo a Polícia Civil.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir