Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-08-2014

Caso de professora que "chorava pedras" deve virar pesquisa
Membranas expelidas pela moradora de Lins passaram por testes qu�micos. Patologista que vive no Canad� e oftalmologista estudam o caso.
Caso de professora que
Foto: g1.globo.com

O estudo do caso da professora de Lins (SP) Laura Ponci, que durante 19 anos expeliu uma esp�cie de membrana r�gida e branca dos olhos, deve se tornar uma pesquisa in�dita desenvolvida pelo m�dico oftalmologista Raul de Paula e pelo professor Miguel Burnier, patologista que vive no Canad�.
Miguel Burnier � professor titular e Chefe do Departamento de Oftalmologia e Patologia da "McGill University Health Center & Henry C. Witelson Ocular Pathology Laboratory" , no Canad�, e Professor de Oftalmologia da Unifesp de S�o Paulo. "Em uma de suas vindas para o Brasil, eu apresentei o caso, que � �nico no mundo. Ele ficou impressionado com o que viu", afirma Raul.

Os pesquisadores fizeram testes qu�micos com as membranas expelidas pela paciente e descobriram que o material de dissolve na �gua. Agora eles est�o fazendo pesquisas com as membranas congeladas e tamb�m com l�grimas. Os resultados devem ser publicados em um estudo, para servir de refer�ncia em casos semelhantes.

H� pouco mais de um ano, o G1 mostrou a hist�ria da professora, que sofria com as dores e a vermelhid�o nos olhos, e profissionais da �rea de oftalmologia de Bauru se interessaram em estudar o caso.
Ap�s v�rios exames e consultas no Hospital dos Olhos, os m�dicos descobriram que uma bact�ria agia no canal lacrimal, causando uma infec��o bastante rara. A paciente passou a ser tratada com o uso de um lubrificante e col�rio a base de nitrato, que inibiram o problema.
Segundo Raul, que acompanha a paciente, Laura j� voltou � rotina normal, retornou para o trabalho e est� bem de sa�de. O �nico cuidado que ela precisa ter � continuar lubrificando os olhos para que n�o tenha conjuntivite.
"Tenho acompanhado o caso por telefone, a �ltima vez que a vi faz tr�s meses, mas ela est� bem, s� n�o pode deixar de lubrificar os olhos. Ela n�o expeliu mais a membrana, teve apenas um come�o de forma��o, que foi evitado com o uso do col�rio espec�fico. Quando come�a j� matamos o v�rus na raiz", explica. O G1 entrou em contado com a professora, mas ela n�o quis falar sobre a recupera��o.

Entenda o caso
Em julho do ano passado, o G1 mostrou a hist�ria da professora, de 33 anos e que, desde os 15, sofria com o problema primeiramente no olho direito, que ficava bastante vermelho e expelia uma membrana branca e dura, como uma pedra. Em 19 anos, ela passou por mais de 30 m�dicos, a maioria com o mesmo diagn�stico de conjuntivite lenhosa, uma doen�a rara e sem tratamento comprovado no pa�s.
Ainda em julho de 2013, Laura come�ou a ser tratada no Hospital dos Olhos de Bauru e os profissionais identificaram que uma bact�ria agia no canal lacrimal causando a infec��o bastante rara. Ap�s v�rios exames, que inclu�ram at� a coleta de hora em hora das membranas, a paciente passou a ser tratada com um col�rio especial que inibiu a forma��o das membranas.

Antes do tratamento, Laura chegou a expelir mais de 30 membranas dos olhos em um �nico dia e o problema vinha piorando com o passar do tempo. Por conta da doen�a, a professora precisou parar trabalhar e relatou em entrevista ao TEM Not�cias que sofria bastante preconceito.
"Sou professora e trabalho com crian�as, mas n�o d� para exercer minha profiss�o porque o olho fica inchado e quando me agacho, a membrana come�a a sair. Tenho vergonha de sair de casa porque a membrana n�o tem hora para sair e nem para terminar", alegou Laura.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir