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"Atiraram para matar", diz amiga de jovem morta durante blitz no RJ
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Raissa Vargas Motta, 22 anos, foi baleada em blitz da PM, no s�bado (2).
Pol�cia diz que carro n�o respeitou aviso; amigos contestam a vers�o.
Foto: www.g1.globo.com Parentes e amigos de Raissa Vargas Motta, 22 anos, morta durante uma abordagem policial em Nil�polis, na Baixada Fluminense, no s�bado (2), cobram uma explica��o das autoridades.
Como mostrou o Bom Dia Rio nesta ter�a-feira (5), a pol�cia disse que o motorista do carro em que ela estava n�o respeitou um pedido de parar em uma blitz e que houve persegui��o.
No entanto, amigas da jovem contestam a vers�o, dizendo que os policiais atiraram sem qualquer aviso ou pedido para averigua��o.
"N�o sinalizaram nada, n�o piscaram farol, n�o fizeram barulho de nada. Eles simplesmente surgiram e alvejaram a gente. Eles atiraram pra matar. N�o foi pra advertir, pra chamar aten��o. Como que a pol�cia atira mais de 10 vezes com fuzil em cima de um carro sem saber quem s�o?", questionou a amiga, que preferiu n�o se identificar.
Outra amiga, que estava do lado de Ra�ssa quando os disparos aconteceram, disse que ela chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
"Quando eu vi que ela estava atingida, que os policiais n�o fizeram nada num primeiro momento. Ver ela sangrando, falando que tinha sido baleada... Foi horr�vel. Se dizem que querem proteger vidas, n�o est�o protegendo vida nenhuma, est�o acabando com as vidas", desabafou.
Ra�ssa foi morta quando voltava pra casa depois de uma festa no fim de semana. Segundo a PM, os policiais estavam atr�s de um carro HB20 de cor branca. O motivo seria uma den�ncia de que um ve�culo parecido estava realizando assaltos na regi�o. Por este motivo os policiais sinalizaram para o ve�culo onde Raissa estava parar, mas o condutor n�o teria obedecido, de acordo com a vers�o.
O pai da v�tima, Ironildo Motta, questionou a puni��o para policiais que cometem crimes em abordagens e que acabam soltos. "Ser� que ela vai ser mais uma das estat�sticas? Ser� que vai ser mais uma [vez] que esses policiais n�o v�o ser punidos?"
Sindic�ncia aberta
A Pol�cia Militar abriu uma sindic�ncia para apurar o caso. Os quatro policiais militares envolvidos foram afastados das ruas e as armas usadas por eles foram recolhidas e entregues para per�cia. A Pol�cia Civil tamb�m investiga a morte. Testemunhas j� prestaram depoimento na delegacia e os investigadores pediram imagens de c�meras de seguran�a pr�ximas ao local do crime.
Fonte: g1.globo.com
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Por:
Ana Luiza Schetine |
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