Categoria Geral  Noticia Atualizada em 11-08-2014

Disque-Denúncia oferece R$ 1 mil por suspeito de matar
Wendel Gomes é suspeito de chefiar quadrilha de "saidinha de banco". Na sexta (8), 3 dos 5 envolvidos foram presos; um deles confessou o crime.
Disque-Denúncia oferece R$ 1 mil por suspeito de matar
Foto: g1.globo.com

O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 1 mil reais por informações que levem à prisão de Wendel dos Santos Gomes, suspeito de ser o mentor do assalto que resultou na morte de Maria Cristina Bittencourt Mascarenhas, uma das sócias do restaurante Guimas, tradicional na Zona Sul do Rio. A empresária foi morta no dia 17 de julho, na Praça Santos Dumont, na Gávea, após sacar R$ 12 mil de uma agência bancária.
Na sexta-feira (8), três dos cinco suspeitos do crime foram presos pela polícia. Wendel, conhecido como Negão, seria o chefe de uma quadrilha especializada no crime chamado de "saidinha de banco".
No domingo (10), o Fantástico mostrou imagens exclusivas das câmeras de segurança do banco durante toda movimentação dos criminosos no dia 17 de julho. O vídeo revela como a vítima foi escolhida, dentro do banco, e depois como ela parece reagir ao assalto na rua.
Pedido de "desculpas"
Na sexta-feira (8), Jardel Wanderson de Oliveira Vilas Boas, de 28 anos, confessou ser o autor dos disparos. Além dele, Vitor Brunizzio Teixeira e Marcus Vinicius do Nascimento Bonfim foram presos temporariamente por 30 dias e indiciados por latrocínio – roubo seguido de morte. Além de Wendel dos Santos Gomes, o outro foragido é conhecido apenas como Júnior Playboy.

Maria Cristina, conhecida como Tintim, precisava de R$ 12 mil em espécie para pagar os funcionários do restaurante. Mas a agência em que ela tem conta, que fica em outro bairro, estava em reformas e ela foi até outra agência, no Shopping da Gávea, na Rua Marques de São Vicente.
As imagens das câmeras de segurança mostram como os criminosos escolheram a vítima. Pouco depois do meio-dia, Maria Cristina entrou no banco. Atrás dela estava Vitor Brunizzio Teixeira, um dos integrantes da quadrilha. Ele passou pela empresária quando ela pegou a senha de atendimento e esperou para ser atendido, enquanto Maria Cristina também estava sentada e falava ao telefone. Três minutos depois, ela foi chamada.
Solicitação por telefone
No dia anterior, por telefone, ela tinha solicitado o saque, procedimento padrão quando o valor é alto. "Ela, na verdade, foi escolhida dentro da instituição bancária. As imagens mostram com clareza isso", disse o delegado da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa.
No caixa, a empresária falou de novo ao telefone. "A família relata que nesse momento ela estava bastante abalada, discutia com a sua gerente, reclamando dessa demora e desse atendimento", contou o delegado Giniton Lage.

A imagem mostra Vitor Brunizzio se aproximando. Ele pede para trocar dinheiro e espera até ser chamado. Enquanto isso, observa Maria Cristina. Sem conseguir sacar, ela volta pra cadeira. Vítor então é chamado e troca o dinheiro, enquanto a empresária faz mais uma ligação. Depois, ele vai embora. As imagens não mostram o momento em que Vitor, fora da agência, dá ao restante da quadrilha as informações para identificar Maria Cristina na rua.
Um segundo integrante, conhecido como Júnior Playboy, entra na agência. Ele chega a ficar lado a lado com a empresária nos caixas, antes de ir embora. Cerca de 30 minutos depois de ter entrado no banco, Maria Cristina finalmente entra numa sala reservada para pegar o dinheiro e vai embora.
Enquanto dois homens monitoravam os clientes do banco, outros três circulavam de carro esperando as instruções para abordar a vítima. Ao deixar a agência, Cristina parou para olhar uma saia em uma barraca, ao lado da Praça Santos Dumont, a cerca de 100 metros de seu restaurante. Jardel, o homem que agora se diz arrependido, desceu do carro armado e anunciou o assalto.
Na hora da abordagem, Maria Cristina parece reagir, até ser jogada no chão. O criminoso dá um tiro à queima-roupa antes de fugir na garupa de uma moto. O tiro assusta uma moradora, que foge de volta pra dentro do prédio.
Falha na segurança
Para a polícia, o crime só aconteceu porque houve falha na segurança da agência. "Se havia previamente uma reserva a ser feita pra essa cliente, o atendimento deveria ser abreviado", afirmou o delegado.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos afirma que os bancos investem no desenvolvimento de equipes especializadas para garantir a segurança de funcionários e clientes. Essas equipes agem de forma coordenada com órgãos de segurança dos estados, com o serviço de patrulhamento e o de inteligência e recomenda aos clientes que evitem: ir ao banco sozinhos; sacar muito dinheiro; o ideal é fazer depósitos ou transações pelo telefone e pela internet e nunca reagir, em caso de assalto.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir