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Solteiro tem arsenal de paquera com mais de 200 itens

Conhecido como "Pig", Rafael Charles anda sempre com pintinho no ombro. "Sou solteiro convicto, mas acredito no amor", disfar�a ele, que tem 35 anos.
Solteiro tem arsenal de paquera com mais de 200 itens

Foto: g1.globo.com

O gerente administrativo Rafael Charles, 35 anos, trava uma disputa contra a palavra "namoro". Solteiro convicto, o arsenal de "guerra" conta com mais de 200 itens, que s�o levados por noites de baladas na Bahia e no Brasil. Os locais para guardar os objetos de paquera s�o estrat�gicos. As bermudas t�m que ter m�nimo de oito bolsos. Ele defende a destrui��o de qualquer barreira que se coloque � frente da sua liberdade. Nesta sexta-feira (15), quando � comemorado o Dia do Solteiro, conhe�a as artimanhas do baiano.
"Estamos nessa guerra a�. Sou solteiro e convicto", garante. De antem�o, anuncia que j� tem nome de guerra. "Todos me conhecem como PIG". Antes da conversa, ele tamb�m j� esclarece: "Para voc� ter uma ideia, eu nem consigo pronunciar aquela palavra estranha que come�a com "NA" e termina com "Moro". Uma agonia danada s� de ouvir", deixa claro, exigindo n�o escut�-la.

Assim, ele coloca os itens de guerra na mesa de combate. Apaixonado pela arte da conquista, ele diz que batalha contra o namoro n�o se op�e � suavidade. "Eu prezo, inicialmente, pela sutileza e pela educa��o. Come�o tudo com uma florzinha. A partir da�, com o desenrolar da conversa, eu vou apresentando o kit", detalha.

Se conseguir o primeiro sorriso, meio caminho j� foi andado. Caso contr�rio, ele n�o considera que os passos foram percorridos em v�o. Dentre os itens de conquista do solteiro, exite ainda uma identidade customizada com a foto do galanteador. "Pergunto: Voc� para a festa para n�o ficar com ningu�m? Ela responde: Sim. A�, eu mostro a minha identidade. Aqui estou: Ningu�m".
No ombro, ele anda com um pinto conselheiro. "Rufu", como � chamado o mascote, tem o poder de indicar em que o solteiro conquistador deve se aproximar. "Boto ele no ombro. A gente v� a menina. A gente conversa e ele d� o sinal de positivo para abordar", explica. Caso a t�tica n�o d� certo, vale apostar pelo biscoito da sorte. "Eu tiro o biscoito do bolso. Tipo um biscoitinho chin�s. Ela quebra e dentro tem a sorte: eu", diz.
Caso digam que ele n�o vale nada, ele tamb�m vem acompanhado de nota fiscal. "Moreno, alto, bonito e sensual", informa o documento com os predicados do produto. At� uma certid�o de casamento, v�lida por uma noite, � usada como instrumento de guerra. "Tenho o espa�o certinho para a escolhida assinar. Tem at� o nome da minha m�e. Ela ficou danada quando viu, mas vamos em frente", disse.

Hist�rias
Com tantas t�ticas de guerra, Rafael Charles diz que tem cumprido a miss�o de estar tranquilo, mas nunca s�. "� uma infinidade", diz sobre a quantidade de breves casos que vem mantendo desde 2002, quando a t�tica de guerra vem sendo aplicada.
Ele diz que tamb�m j� levou muitos "n�o", mas se diverte ao falar que viveu at� hoje grandes hist�rias. "Uma certa feita, no Carnatal [em Natal, RN], estava mostrando a bolinha para a menina [um dos instrumentos de conquista]. A� veio a pol�cia, que estava sendo chefiada por uma policial. Ela tava achando que tinha droga na bolinha. A� me abordaram e come�aram a tirar coisas do meu bolso. O que � isso? Foi perguntando. A� eu fui explicando: florzinha, cora��o, anel. Os policiais que estavam com ela come�aram a dar risada. Ela estava com a cara feia. No final das contas, eu acabei ficando parceiro da policial", lembrou aos risos.
Com 35 anos, PIG conta que s� namorou duas vezes. Em 1998, o namoro durou dois anos; em 2008, o namorou durou um ano. "Parece que � cabal�stico: s� em 2018 agora e olhe l�", disse convicto, feliz com a vida de solteiro. "Eu n�o vislumbro num futuro pr�ximo mudar de estado civil", garantiu.
Rafael Charles, que mora com a m�e, em Salvador, tem tr�s irm�os. "Os tr�s fizeram besteira e casaram. O mais novo foi o primeiro, coitado", brincou. Ele fala que a m�e j� lhe entregou um imagem de Santo Ant�nio, esperando v�-lo casado, mas ele antecipa que n�o tem a m�nima pressa. "Eu n�o vislumbro num futuro pr�ximo mudar de estado civil. No momento, eu sou solteiro convicto. Ainda assim, acredito no amor", explicou.

Fonte: g1.globo.com

Por: Gabrielly Rebolo | Imprimir