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Governo ainda vai conversar com setor de bebidas

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai encontrar representantes. Governo ainda n�o desistiu de dar o aumento, previsto para setembro, diz.
Governo ainda vai conversar com setor de bebidas

Foto: g1.globo.com

O governo federal ainda n�o abandonou a ideia de promover um aumento de tributos, a partir de setembro deste ano, para as "bebidas frias" � que englobam cervejas, refrigerantes, refrescos, isot�nicos e energ�ticos �, mas ainda vai conversar com representantes do setor sobre o assunto, informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta ter�a-feira (19).

A expectativa original da equipe econ�mica era de elevar os tributos das bebidas frias a partir de junho deste ano. Entretanto, em maio, o ministro Guido Mantega anunciou que o aumento do imposto seria adiado por tr�s meses, com validade, portanto, a partir de setembro deste ano. Ele tamb�m informou, na ocasi�o, que o reajuste seria escalonado, ou seja, que n�o aconteceria de uma vez.
Em maio deste ano, o ministro da Fazenda falou da preocupa��o do governo com a infla��o e, tamb�m, em manter os pre�os das bebidas sem aumento durante a Copa do Mundo, que aconteceu de meados de junho a meados de julho deste ano. "Fizemos aqui um pacto que n�o haveria aumentos de pre�os durante a Copa e, de prefer�ncia tamb�m, depois da Copa", disse ele na ocasi�o, ap�s reuni�o com representantes das bebidas frias.
Aumento do tributo
No fim de abril, a Receita Federal informou que o aumento nos tributos sobre as bebidas frias seria de 2,25% a partir de junho, o que deveria gerar um aumento da arrecada��o de mais de R$ 2 bilh�es pelo governo federal.
Ao anunciar a alta dos tributos sobre as bebidas frias em abril deste ano, o secret�rio da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirmou que a decis�o era "eminentemente t�cnica" e servia para "reequilibrar a base de c�lculo dos tributos cobrados sobre esses produtos". A �ltima revis�o dessa tabela havia ocorrido em maio de 2012.
Arrecada��o
O aumento de tributos para o setor de bebidas, antes previsto para junho e adiado para setembro, acontece no momento em que o governo precisa de recursos para fechar as contas em 2014. Outro setor que poderia ter o imposto elevado era o de autom�veis, mas o governo tamb�m decidiu adiar a eleva��o at� dezembro.
O governo est� preocupado em atingir a meta de super�vit prim�rio � economia feita pelo pr�prio governo para pagar juros da d�vida p�blica e tentar manter a sua trajet�ria de queda � de R$ 99 bilh�es para todo o setor p�blico em 2014, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). At� junho, as contas do setor p�blico registraram o pior resultado da hist�ria. O super�vit prim�rio somou, no per�odo, R$ 29,38 bilh�es, o equivalente a 29,7% da meta para 2014 fechado.
Entretanto, segundo o Tesouro Nacional, h� expectativa do ingresso de recursos do Refis da Copa neste ano, estimado em R$ 18 bilh�es, que n�o estavam na conta no in�cio deste ano, al�m da arrecada��o de concess�es. Os dividendos (parcelas de lucros) de empresas estatais tamb�m podem ajudar o governo a atingir a meta fiscal de 2014.

Fonte: g1.globo.com

Por: Gabrielly Rebolo | Imprimir