Categoria Geral  Noticia Atualizada em 19-08-2014

Ex-médico Roger Abdelmassih é preso no Paraguai, diz PF
Prisão foi efetuada em Assunção pelo governo paraguaio com apoio da PF. Condenado a 278 anos de prisão, Abdelmassih era procurado desde 2011.
Ex-médico Roger Abdelmassih é preso no Paraguai, diz PF
Foto: g1.globo.com

O ex-médico Roger Abdelmassih foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai, de acordo com a Polícia Federal. Ele foi preso por agentes ligados à Secretaria Nacional Antidrogas do governo paraguaio com apoio da Polícia Federal brasileira.
Segundo a PF, após o procedimento de deportação sumária, Abdelmassih dará entrada no Brasil por Foz do Iguaçu (PR), cidade na fronteira com o Paraguai, e posteriormente será transferido para São Paulo.
O ex-médico, especialista em reprodução humana, era um dos homens mais procurados do estado de São Paulo. A recompensa por informações sobre seu paradeiro era de R$ 10 mil.
Condenação
Em 23 de novembro de 2010, a Justiça o condenou a 278 anos de reclusão. Ele é acusado por 35 pacientes que disseram ter sido atacadas dentro da clínica que ele mantinha na Avenida Brasil. Ao todo, elas acusaram o médico de ter cometido 56 estupros.
Abdelmassih não foi preso logo após ter sido condenado porque um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) dava a ele o direito de responder em liberdade.
O habeas corpus foi revogado pela Justiça em janeiro de 2011, quando ex-médico tentou renovar seu passaporte, o que sugeria a possibilidade de que ele tentaria sair do Brasil. Como a prisão foi decretada e ele deixou de se apresentar, passou a ser procurado pela polícia.
Em maio de 2011, Abdelmassih teve o registro de médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo.
Médico alegava inocência
O ex-médico sempre alegou inocência. Chegou a dizer que só ‘beijava’ o rosto das pacientes e vinha sendo atacado por um "movimento de ressentimentos vingativos". Mas, em geral, as mulheres o acusaram de tentar beijá-las na boca ou acariciá-las quando estavam sozinhas - sem o marido ou a enfermeira presente.
Algumas disseram ter sido molestadas após a sedação. De acordo com a acusação, parte dos 8 mil bebês concebidos na clínica de fertilização também não seriam filhos biológicos de quem fez o tratamento.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir