Categoria Geral  Noticia Atualizada em 20-08-2014

Deslizamentos de terra deixam mortos e desaparecidos no Japã
Ao menos 36 pessoas morreram, dentre elas duas crianças e uma idosa. Primeiro-ministro japonês interrompeu as férias para tratar do caso.
Deslizamentos de terra deixam mortos e desaparecidos no Japã
Foto: g1.globo.com

As fortes chuvas que atingiram nesta quarta-feira (18) Hiroshima, no sudoeste do Japão, deixaram 36 mortos e sete desaparecidos, informaram as autoridades japonesas. A Agência Meteorológica japonesa (JMA) declarou o alerta para precipitações para esta região montanhosa, que teve o volume recorde de 243 milímetros nas últimas 24 horas, o que provocou inundações e deslocamentos de terra.
Os deslizamentos que surpreenderam os moradores durante a noite sepultaram casas em vários bairros em uma área de quase 20 quilômetros. "São chuvas fora do comum e um desastre de grande magnitude. Existe mais risco de mais tempestades", afirmou o primeiro-ministro Shinzo Abe, que interrompeu as férias.
"Ordenei o reforço das operações de emergência. Serão enviados centenas de soldados das forças de autodefesa", completou.
A polícia e os bombeiros receberam 20 alertas de pessoas soterradas ou arrastadas pelas cheias de canais e rios, segundo a agência "Kyodo". Entre as vítimas mortais estava uma criança de dois anos que ficou soterrada na zona rural, assim como um idoso de 77 anos que foi arrastado pela água perto da cidade de Hiroshima, onde o rio Nenotanigawa (afluente do Ota) registrou cheias.
Um bombeiro que participava das operações de resgate também morreu, segundo a emissora estatal "NHK". As autoridades locais aconselharam a saída imediata de 65 mil moradores de 26 mil imóveis nas áreas montanhosas mais afetadas pelas chuvas.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou o envio de "centenas de soldados" das Forças de Autodefesa para participar das operações de resgate, mais de 600 de acordo com a "NHK". A eles se somarão mais de 200 policiais da cidade de Osaka e de outras províncias próximas.
Abe interrompeu seu período de férias na prefeitura de Yamanashi (no centro do país) para coordenar as operações e deu instruções para serem feitos "todos os esforços", em coletiva de imprensa.
O primeiro-ministro do Japão enviou suas condolências aos familiares das vítimas e desaparecidos, e afirmou que "assim que a situação permitir" o presidente da Comissão de Segurança Nacional e responsável pela gestão de desastres, Keiji Furuya, viajará para a região.
A televisão japonesa mostrou imagens de casas derrubadas pelos deslocamentos de terra e de barro, carros enterrados em escombros ou tombados pelas inundações, ruas alagadas e campos agrícolas arrasados.
A grande quantidade de vítimas e de danos materiais se deve à intensidade das chuvas combinada com o tipo de terreno desta região, e por causa da localização de muitas casas na barra das montanhas, apontaram a imprensa japonesa.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir