Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-09-2014

Cantareira opera abaixo de 10%
N�vel do sistema atingiu �ndice de 9,8% nesta quarta-feira (10). Reserva das represas Jaguari-Jacare� e Atibainha j� � retirada pela Sabesp.
Cantareira opera abaixo de 10%
Foto: g1.globo.com

Mesmo com a capta��o de �gua da reserva t�cnica das represas Jaguari-Jacare� e Atibainha, o n�vel do Sistema Cantareira atingiu �ndice de 9,8% nesta quarta-feira (10), segundo medi��o da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp). Esta � a primeira vez que o n�vel dos reservat�rios fica abaixo dos 10% desde o in�cio da explora��o do chamado volume morto, em maio.
O Cantareira abastece, atualmente, cerca de 6,5 milh�es de pessoas s� na Grande S�o Paulo. A Sabesp admite que a situa��o � cr�tica por causa da falta de chuva desde o in�cio do ano, mas afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que tem adotado medidas para o problema, como interliga��o dos sistemas, redu��o de perdas na distribui��o, uso do volume morto e bonifica��o aos moradores que economizarem �gua.
Queda constante
Quando a reserva t�cnica da Jaguari-Jacarei come�ou a ser usada, o n�vel do Cantareira subiu de 8,2% para 26,7% no dia 16 de maio. Segundo a Sabesp, com a entrada de 182,5 bilh�es de litros de �gua do volume morto, foram acrescidos 18,5% sobre o volume total do sistema (982,07 bilh�es de litros).
Mesmo assim, o sistema registrou 101 dias de queda. As represas tiveram recupera��o ap�s a chuva no in�cio de setembro, mas voltaram a baixar depois disso. O sistema n�o consegue aumentar seu n�vel h� 145 dias. Desde 25 de maio, quando o n�vel estava em 25,6% da capacidade das represas, foram mais de tr�s meses com queda nos �ndices.
Em agosto, a Sabesp come�ou a retirar �gua da reserva t�cnica da Represa Atibainha, entre Mairipor� e Nazar� Paulista. O reservat�rio foi o segundo a ter a capta��o na �rea mais profunda, abaixo das comportas. Segundo a companhia, as novas a��es j� eram previstas, com custo total de R$ 80 milh�es.
Um dos principais motivos para a constante queda � a seca que atinge o estado de S�o Paulo. O m�s de agosto, a exemplo de outros seis meses do ano, terminou com chuva abaixo da m�dia hist�rica. Foram 22,7 mil�metros contra o esperado: 36,9 mil�metros.
Dos oito meses completos do ano at� agora, apenas em mar�o choveu mais do que a m�dia. Entre janeiro e agosto de 2014, a precipita��o acumulada foi de 58% do esperado, o que agravou a crise no abastecimento da Grande S�o Paulo.
Os �ndices de chuva, no entanto, ainda est�o dentro da m�dia para setembro. Foram registrados, at� esta quarta-feira, 30,1 mil�metros nas represas que integram o Cantareira. O esperado at� o fim do m�s s�o 91,9 mil�metros, levando em considera��o a m�dia hist�rica para o per�odo.
Motivo da crise
A crise no Cantareira come�ou por causa da pouca chuva e das altas temperaturas no �ltimo ver�o. No inverno, segundo a meteorologista Jos�lia Pegorim, da Climatempo, os n�veis de chuva est�o pr�ximos do esperado para a esta��o.
"Todo o problema de abastecimento de �gua na Grande S�o Paulo � decorrente da falta de chuva que aconteceu especialmente no ver�o 2013/2014", disse.
Segundo ela, a expectativa � de voltar a chover regularmente apenas em outubro. "O quadro de seca vai continuar. A expectativa � que a chuva comece a cair com alguma regularidade mais no final de setembro e principalmente em outubro", diz. Ainda assim, a possibilidade de as chuvas atrasarem n�o est� descartada.
O Sistema Cantareira � formado pelas represas Jaguari, Jacare�, Cachoeira e Atibainha. Elas ficam no estado de S�o Paulo e no sul de Minas Gerais. Juntas, as represas fornecem �gua, atualmente, para cerca de 6,5 milh�es de pessoas na cidade de S�o Paulo (zonas Norte, Central e parte das zonas Leste e Oeste), al�m de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicu�ba, Barueri e Tabo�o da Serra, S�o Caetano do Sul, Guarulhos e Santo Andr�. Parte do interior do estado tamb�m recebe �gua do sistema.
Desde fevereiro, a Sabesp oferece b�nus para os consumidores abastecidos pelo Sistema Cantareira que atingirem a meta de 20% de redu��o ou mais. Para esses consumidores, h� desconto de 30% na conta. Dados da companhia, no entanto, mostram que bairros considerados de alto padr�o tiveram a pior m�dia de economia de �gua na capital no primeiro semestre de 2014.
A regi�o dos Jardins, na Zona Oeste, foi a que menos reduziu o consumo na cidade entre janeiro e junho deste ano. Os bairros da regi�o do Ja�an�, na Zona Norte, foram os que mais conseguiram reduzir a conta de �gua, com economia de 20,43% no primeiro semestre.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir