Categoria Geral  Noticia Atualizada em 11-09-2014

"Não teve nada de mais", afirma jovem.
Imagens mostram simulações de atos sexuais em evento de Araraquara, SP. Arquivos que circulam na internet mostram estudante no colo de gogo boy.

Foto: g1.globo.com

Uma das jovens que aparece nas supostas fotos da festa do Dia do Sexo, realizada no sábado (6) por uma casa noturna de Araraquara (SP), afirmou que não fez nada de errado e que está tranquila mesmo após a repercussão que as imagens com simulações sexuais dos participantes causaram na cidade e nas redes sociais. Em uma das fotos, a estudante de 21 anos, que preferiu não se identificar, aparece em pose sensual, sentada no colo de um gogo boy. "Não teve nada de mais e fazer isso não é crime. Eu estava de shorts, não pelada", afirmou ela, que não pretende tomar nenhuma medida na Justiça em relação à divulgação das imagens.


Após a polêmica sobre o evento, realizado pelo terceiro ano no município, a casa noturna foi lacrada na terça-feira (9). Segundo a Prefeitura, o local está com o auto de vistoria dos bombeiros vencido. Além disso, a festa temática está em desacordo com o alvará de funcionamento. Na terça, o proprietário do local, Adriano Daltrini, foi procurado pelo G1, mas disse que não daria declarações antes falar com o advogado. Nesta quarta, a reportagem tentou contato novamente, mas ele não atendeu o celular.

A estudante contou que frequenta o local há algum tempo e que foi à festa com amigas pela primeira vez. Segundo ela, o ambiente estava lotado, mas havia cerca de 15 seguranças para evitar exageros. "Por volta da 1h, as brincadeiras começaram na área externa com os gogo boys. Ali os seguranças não permitiam homens, apenas mulheres. Uma hora depois as gogo girls entraram e então ficou tudo misturado", relatou.

A garota contou que não presenciou nenhuma cena de sexo explícito, apenas brincadeiras e simulações. "Eu não bebo, estava ciente do que fiz e entrei no clima. Não me arrependo porque não transei e não fiz nada de errado. Na foto parece que estou de saia, mas eu usava shorts. No ano que vem, se tiver outra festa, vou de novo", afirmou.

Repercussão
A jovem, que adora malhar e gosta de estilos musicais como sertanejo e funk, disse que se surpreendeu com a repercussão do evento. Muita gente a procurou na internet e, em dois dias, recebeu mais de 500 solicitações de amizade em sua página na rede social.

"Algumas pessoas criticaram a minha postura, mas quem me conhece de verdade me defendeu. Recebi muitos comentários, mas nenhum ofensivo. Também tiveram cantadas e elogios, relatou ela, que excluiu temporariamente o perfil e não aceitou nenhuma solicitação nova de amizade.

A estudante disse que os pais souberam do caso, viram a foto, mas não brigaram com ela. "Minha mãe não queria que eu fosse, mas não obedeci. Mesmo assim ela não ficou brava, disse que eu sei o que faço. E sei mesmo, estava ali para me divertir".
Entenda o caso
A festa para comemorar o Dia do Sexo contratou três gogo boys e uma gogo girl para animar a festa, no bairro Fonte Luminosa. Supostas fotos e vídeos gravados durante o evento mostram homens e mulheres simulando atos sexuais e se espalharam na internet.
Em uma delas, uma garota aparece simulando sexo oral em um dançarino, que também é mostrado beijando uma jovem sentada em seu colo e tendo o peito lambido por outra. Já a gogo girl aparece em um dos vídeos jogando bebida nos seios enquanto um jovem lambe.
Em entrevista ao G1 na segunda-feira (8), o dono da casa noturna afirmou que a festa teve apenas brincadeiras com conotação sexual, sem chegar ao ponto de haver sexo explícito. Daltrini ainda conta que as imagens do circuito interno da casa não registraram nada relevante. O empresário também afirmou que acionará o jurídico da empresa para averiguar as falsas imagens que circulam nas redes sociais e denigrem o estabelecimento.

Para o advogado José Mário Sperchi, houve ato como obsceno, crime previsto no artigo 233 do Código Penal Brasileiro. A lei diz que a prática em lugar público, ou aberto ou exposto ao público pode ser penalizada com detenção de três meses a um ano, ou multa.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir