Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-09-2014

Entenda a reintegração de posse em prédio de antigo hotel
Retirada de sem-teto de imóvel no Centro terminou em confronto com a PM. Local foi ocupado por cerca de 200 famílias há seis meses, diz movimento.
Entenda a reintegração de posse em prédio de antigo hotel
Foto: g1.globo.com

A reação à reintegração de posse do antigo prédio do Hotel Aquarius, no Centro de São Paulo, terminou com ato de vandalismo a um ônibus e ao comércio da região. O imóvel na Avenida São João era ocupado há seis meses por cerca de 200 famílias. Veja a seguir o que se sabe da ocupação.
Desde quando o prédio é ocupado?
Cerca de 200 famílias ocupam o imóvel há seis meses, segundo o movimento Frente de Luta por Moradia (FLM). O grupo afirma que o prédio do antigo hotel estava abandonado há 10 anos e que os ocupantes decidiram agir em busca de seu direito à moradia.

Por que eles tiveram que sair?
A reintegração de posse foi determinada pela Justiça após pedido do proprietário do prédio, a Aquarius Hotel Limitada, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-SP). A operação desta terça-feira ocorreu depois de duas tentativas de retirar as famílias do imóvel, nos meses de julho e agosto. Na época, os oficiais de Justiça avaliaram que a quantidade de caminhões disponibilizados não era suficiente.
Desde então, foram feitas reuniões entre a PM, advogados da empresa proprietária e moradores, para acertar como seria a saída, diz a pasta. O tenente-coronel da Polícia Militar Mauro Lopes afirmou que estavam reservados 40 caminhões para o transporte dos móveis e objetos dos ocupantes por causa da reintegração nesta terça-feira.
Por que os sem-teto não querem sair?
Para o movimento Frente de Luta por Moradia, a decisão da Justiça de devolver o prédio à especulação imobiliária e retirar as famílias do local não leva em conta o problema social. "Aproximadamente 800 pessoas, crianças e idosos serão jogados na rua, sem uma solução definitiva", disse o FLM em comunicado.
O que a Prefeitura diz?
A administração pública afirma ter realizado um estudo de viabilidade para transformar o hotel em moradia popular, mas foi verificado que o projeto não seria viável pelo custo. Com o valor gasto para reformar o prédio com cerca de 100 apartamentos, seria possível construir até três conjuntos habitacionais.
Qual é a atual situação dos sem-teto?
A Prefeitura ofereceu vagas para os ocupantes do antigo hotel no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Sé, na Avenida Tiradentes. Os pertences dos moradores foram levados pelos caminhões a um depósito da Prefeitura.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir