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Plano para retirada de iate de praia do Rio é aprovado

Projeto prevê desmonte e retirada por terra. Segundo Inea, não houve vazamento de óleo até esta sexta-feira (19).
Plano para retirada de iate de praia do Rio é aprovado

Foto: g1.globo.com

A Capitania dos Portos informou ao G1, na manhã desta sexta-feira (19), que foi aprovado o plano de retirada do iate que encalhou na Praia da Reserva, na Zona Oeste do Rio, no sábado (13), apresentado pela seguradora. Já foi definido que o Criola II sairá por terra e vai precisar ser desmontado em partes, pois devidos aos danos sofridos não é possível retirar pelo mar. O início dos trabalhos vai depender das condições climáticas.

O prefeito Eduardo Paes afirmou que a embarcação precisa ser retirada com urgência, pois oferece riscos ao meio ambiente. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tem feito inspeções diárias para verificar um possível vazamento de óleo. Até a publicação desta reportagem nenhum irregularidade tinha sido constatada. As causas do acidente estão sendo investigadas e o prazo para um laudo final é de 90 dias.
A Capitania dos Portos afirmou ainda que comunicou a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros sobre a necessidade de manter a área isolada e ter salva-vidas e agentes de segurança pública no local.
"Elefante branco"
O iate completou nesta sexta-feira (19) uma semana encalhado na orla. A cada dia que passa a embarcação fica ainda mais danificada. A força das ondas provocou um grande buraco no casco. Avaliado em cerca de R$ 3 milhões, a embarcação foi pichada na madrugada de quinta-feira com a frase: "Vendo barato".

Como mostrou o G1, o aparelho de GPS do iate foi furtado e falta dele pode atrapalhar o trabalho da perícia. Segundo um representante da seguradora, o equipamento pode ser comparado à caixa-preta de um avião e permite que as autoridades verifiquem a sequência de navegação antes do incidente.
A embarcação foi "canibalizada", termo usado pela seguradora, após o encalhe na praia. Um cinegrafista a amador flagrou imagens de um homem retirando objetos em um saco de dentro do iate. A presença de banhistas não intimidou a ação.
Iate ficou encalhado na Praia da Reserva, na Zona Oeste do Rio (Foto: Arquivo Pessoal)
Criolla II foi alvo de saques (Foto: Arquivo Pessoal)
Luis Carlos Peixoto de Lima Ramos, proprietário do Criola II, destacou que o iate possui seguro e que se sente tranquilo com a situação, mesmo tendo que arcar com os custos da remoção. Ele afirmou ainda que o acidente ocorreu devido à falta de combustível. Mas esta versão foi posta em dúvida pela representante da seguradora.
"Eu acredito que tenha sido muito difícil uma embarcação deste porte e, com o poder aquisitivo do proprietário, ter tido uma pane seca", disse, pedindo para não ser identificado.

Propostas de desencalhe
Duas empresas foram contactadas para apresentar um plano de retirada do iate da orla da praia. Após a escolha de uma das propostas, o documento será entregue à Capitania dos Portos do Rio de Janeiro e precisa de aprovação para ser executado. Segundo informações da seguradora, os trabalhos serão iniciados imediatamente depois do aval da Capitania.
Avaliado em R$ 3 milhões
Um levantamento feito pelo G1 com corretores especializadas em compra e venda de embarcações no Rio indica que um iate como o que encalhou na Praia da Reserva tem valor estimado em cerca de R$ 3 milhões.

Fonte: g1.globo.com

Por: Gabrielly Rebolo | Imprimir