Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-09-2014

Após greve, ano letivo deve durar até fevereiro
USP retomou as atividades nesta segunda após 116 dias de paralisação. Cada unidade vai definir seu próprio calendário de reposição de aulas.
Após greve, ano letivo deve durar até fevereiro
Foto: www.maratimba.com

O primeiro dia do retorno das aulas na Universidade de São Paulo (USP) após o fim da mais longa greve de professores e funcionários da história da instituição foi tranquilo na manhã desta segunda-feira (22). Como a paralisação foi parcial, em algumas unidades não houve perda de dias letivos. Em outras, como na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), os professores retomaram as aulas do primeiro semestre nesta segunda, e o segundo semestre, dependendo do curso, pode se estender até fevereiro de 2015.

Segundo um comunicado divulgado pela diretoria da FFLCH, o calendário detalhado do fim do primeiro semestre e as novas datas do segundo semestre ainda não foi finalizado e "será divulgado dentro em breve, atentadas as recomendações quanto às singularidades de cada curso e o cumprimento das exigências normativas que regulam a matéria".

A assessoria de imprensa da reitoria da USP disse que, como as unidades foram afetadas pela greve de forma distinta, e nem todas tiveram o ano letivo prejudicado, cada faculdade, escola ou instituto tem autonomia para definir o seu próprio plano de reposição de aulas.

A greve começou no fim de maio com apenas uma reivindicação: que a reitoria da universidade retirasse a proposta de congelamento de salários. O motivo da reajuste zero foi o comprometimento do orçamento com a folha de pagamento, que chegou a 105%.

A paralisação afetou parcialmente os cursos e serviços da USP e o impasse durou até o início de setembro, quando o Conselho Universitário da USP (CO) aprovou uma oferta de reajuste salarial de 5,2% que, posteriormente, foi incorporada pelos reitores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).

O acordo para o fim da paralisação aconteceu na quarta-feira (17) no TRT, em reunião entre o Sintusp e representantes da reitoria da USP mediada pelo. Na reunião foi definido como será a reposição dos dias de greve e o pagamento do vale-refeição. Os funcionários se comprometeram a fazer uma hora extra por jornada, durante 70 dias.

Já o acordo para o pagamento do abono salarial (um pagamento feito uma vez para cobrir o reajuste dos meses não trabalhados) foi definido judicialmente no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. O valor, de 28,6%, também precisou ser aprovado pelo CO antes de chegar ao Cruesp e às assembleias das categorias, o que aconteceu na semana passada.

Depois da definição dos detalhes para o fim da greve, na sexta (19) centenas de funcionários do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) aceitaram por aclamação o encerramento da paralisação. Na quinta-feira (18), os professores ligados à Associação de Docentes da USP (Adusp) já haviam aceito o fim da greve e anunciado o retorno às aulas na segunda.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir