Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-10-2014

Ônibus coletivo fica destruído após incêndio criminoso
Este foi primeiro ataque registrado na maior cidade do Vale do Itajaí. Florianópolis, Campos Novos e Itajaí também tiveram ocorrências.
Ônibus coletivo fica destruído após incêndio criminoso
Foto: g1.globo.com

Um ônibus do transporte coletivo de Blumenau, no Vale do Itajaí, ficou totalmente destruído após um incêndio criminoso na madrugada desta quinta-feira (2). Este foi o primeiro ataque registrado na cidade desde sexta (26), quando a terceira onde de ataques começou em Santa Catarina.

A Polícia Militar (PM) registra ocorrências como incêndios a ônibus, tiros contra bases da segurança pública, casas de policiais e viaturas desde o dia 26 de setembro. Até a publicação desta reportagem, a corporação não havia divulgado o número atualizado de ocorrências relacionadas aos ataques.

Em Blumenau, o coletivo foi incendiado próximo das 0h no bairro Testo Salto. O motorista relatou à PM que, ao chegar em um ponto, enquanto passageiros desembarcavam, dois homens, um deles armado, ordenaram que todos descessem do veículo. Em seguida, colocaram fogo no coletivo, que ficou destruído.

Outras ocorrências na madrugada
Perto de 0h, a casa de um agente prisional foi alvo de tiros na localidade de Vargem do Bom Jesus, em Florianópolis. De acordo com o 21º Batalhão da PM, ninguém ficou ferido. Não havia informações sobre quantos criminosos participaram da ação.

Uma tentativa de incêndio a ônibus foi registrada em Campos Novos, no Oeste, por volta de 1h. Na rodoviária da cidade, no bairro Sebastião, um dos veículos que estava estacionado foi alvo de coquetéis molotov, que bateram nas janelas e não chegaram a entrar nos ônibus. De acordo com a Polícia Militar, o fogo foi apagado e o veículo não foi danificado. Não havia informações sobre quantos criminosos participaram da tentativa de incêndio. Os bombeiros estiveram no local e ajudaram a conter as chamas.

Ataques na quarta
Em Itajaí dois ataques foram registrados no fim da noite de quarta. O primeiro aconteceu por volta das 22h30 no pátio da subprefeitura da cidade. Segundo a PM, um caminhão foi incendiado na rua Osni Melo, bairro Fazendo. De acordo com testemunha, dois homens jogaram uma garrafa plástica com combustível em chamas em direção do veículo e fugiram. O fogo atingiu pneus e 20% da lataria.

Cerca de uma hora depois, quatro homens em duas motos entraram no estacionamento de uma empresa. Eles arremessaram pedra e atearam fogo em um ônibus particular na rua Brusque, Centro. O proprietário conseguiu apagar as chamas com um extintor. Nenhum suspeito foi preso.

Uma base da Polícia Militar em Joinville, no Norte catarinense, foi alvejada na noite de quarta por quatro criminosos. A estrutura policial fica no bairro Adhemar Garcia, Zona Sul da cidade. Segundo as informações, o fato ocorreu por volta das 21h. A PM informou que nenhum agente ficou ferido.

Por volta das 21h, duas pessoas em uma moto dispararam contra a casa de um policial militar no bairro Ubatuba, em São Francisco do Sul, também Norte do estado. Segundo a PM, o agente público estava em casa com a família na hora do ataque, mas ninguém se feriu. Equipes fizeram rondas na região e abordaram suspeitos para tentar identificar os autores do crime. As primeiras informações indicam que três tiros atingiram a residência.

Pouco antes das 20h50, em Criciúma, no Sul, um ônibus escolar foi alvo da ação criminosa. O veículo estava estacionado em uma rua do bairro Maria Céu. Os vidros traseiros foram quebrados e através deles foi ateado fogo no interior do coletivo.

Uma mulher foi detida na tarde de quarta com um galão de 20 litros com resíduos de gasolina em Palhoça, na Grande Florianópolis. De acordo com o Centro de Comunicação Social da Polícia Militar, a suspeita é de que a mulher estivesse entregando o combustível a envolvidos com atentados em troca de dinheiro.

Motivações
Segundo a PM, a principal intenção dos envolvidos nos ataques ocorridos desde sexta (26) é sufocar as ações da polícia em relação ao combate às drogas e crime, além de uma represália ao número crescente de suspeitos mortos em conflito com a polícia. O diretor da Diretoria Estadual Investigações Criminais (Deic), delegado Akira Sato, sustenta a mesma versão.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir