Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 28-10-2014

EVANGÉLICO DE ITAPEMIRIM – FECHA?

EVANGÉLICO DE ITAPEMIRIM –  FECHA?

Após matéria publicada neste site, procurei o Provedor Eliazério de Jesus Azevedo (Zerinho) para inteirar-me sobre o conteúdo da carta endereçada a população bem como a diversas entidades organizadas do município de Marataízes, datada de 21 próximo passado e assinada pelo Superintendente Geral do HECI, Economista Wagner Medeiros Júnior e pelo Presidente do Conselho Deliberativo, Elizeu Crisóstomo Vargas .

Em 2009, quando o HECI Cachoeiro assumiu o Hospital Santa Helena, aplicou aproximadamente três milhões e duzentos mil reais para regularizar as pendências e viabilizar a continuidade do funcionamento do Hospital. Recentemente, mais sete milhões e setecentos mil foram aplicados em parcelamentos de dívidas remanescentes com o Governo Federal.

Embora envidando esforços, o HECI Itapemirim só veio a celebrar contrato com a Secretaria de Estado da Saúde em dezembro de 2013, limitando-se a valores da tabela SUS, o que significa dois milhões e trezentos mil/ano, aproximadamente.

Segundo informações do Contador Geral do HECI Cachoeiro, Heriton Campanha, também responsável pelos serviços da Unidade de Itapemirim, as Prefeituras de Marataízes e Itapemirim não celebraram contrato com o Hospital no ano de 2014. Nos contratos de 2013, Itapemirim repassava 120 mil mensais e Marataízes 90 mil mensais para manutenção do Pronto Socorro. Isto significa que em 2014 o Hospital deixou de receber dos dois municípios que mais se beneficiam dos seus serviços o valor de dois milhões e cem mil reais. Quem assinou neste mês um convênio com o Hospital foi o município de Presidente Kennedy, com vigência outubro/2014 a outubro/2015, no valor de 720 mil, ou seja, 60 mil mensais. Segundo relato do Contador Heriton, o HECI Cachoeiro tem alocado aproximadamente 350 mil reais mensais para cobrir dívidas da Unidade de Itapemirim.

Na pior das hipóteses, com o fechamento do PS do nosso Hospital, Marataízes terá como porta de entrada para urgências e emergências o PS da Barra e o município de Itapemirim o PS do Hospital Menino Jesus, ficando as internações com o Hospital Evangélico de Itapemirim, que é o nosso hospital de referência num primeiro momento e/ou central de vagas.

Bom lembrar que desde que o Evangélico assumiu a administração do Hospital, em 2009, nunca houve a ameaça de fechamento do Pronto Socorro, coisa antes corriqueira, principalmente quando se aproximava o período de verão, como uma forma de pressionar os administradores municipais, apavorados com a possibilidade de milhares de moradores, veranistas e visitantes ficarem sem atendimento médico de emergência pelo SUS.

Outro imbróglio é a administração do Hospital Menino Jesus, em Itaipava, que em função de um acordo judicial fica, ainda, sob a administração do Hospital Evangélico de Cachoeiro do Itapemirim até 20 de novembro ou 31 de dezembro, quando poderá ser administrado por outra empresa ou pela própria administração municipal. Isso, em pleno fervor do verão.

Segundo Eliazério Azevedo, as administrações de Itapemirim e Marataízes não se manifestaram, até a presente data, a respeito do assunto. Fato é que, dos valores constantes dos orçamentos das duas prefeituras para repasse ao Hospital , se executados, só poderão ser realizados os dos meses de outubro ,novembro e dezembro pois, pela lei, não podem retroagir. Ainda assim, depois de aprovados pelo Conselho Municipal de Saúde e pela Câmara Municipal.

Sabe-se que a Secretaria Estadual de Saúde vem orientando aos gestores municipais que não realizem contratos com Hospitais que já tenham os mesmos serviços contratualizados com o Estado, podendo estar neste ponto o cerne do problema por que passa o HECI Itapemirim. Como cidadã e moradora deste município, preocupa-me o fato de o PS da Barra não estar preparado para atender toda a demanda de urgência/emergência do município mais a população flutuante de veranistas. Se a administração municipal garantir este feito, então nada há a temer, mas é necessário que haja uma manifestação clara por parte do gestor de como esse trabalho será realizado.

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Por:  Ivilisi Soares Azevedo    |      Imprimir