Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-11-2014

Líderes do "blocão" consultarão bancadas sobre apoio a Cunha
Deputado do PMDB-RJ é pré-candidato a presidente da Câmara. Ele almoçou nesta terça com líderes de PR, PTB, PSC e SD.
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Foto: g1.globo.com

Líderes dos partidos que integram o chamado "blocão" informaram nesta terça-feira (5) que consultarão as bancadas para formalizar o apoio à pré-candidatura do líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha, à Presidência da Câmara.

Cunha almoçou nesta terça com líderes de PTB, PR, PSC e SD, integrantes do "blocão", grupo informal de parlamentares criado para ampliar o poder de negociação com o Executivo em votações da Câmara. Somadas ao PMDB, as bancadas desses quatro partidos têm 152 dos 513 deputados da Câmara.

"Ele é um excelente nome, um nome bom, um nome qualificado. (...) Há um grande entusiasmo pela candidatura dele. É necessário que a gente discuta com os nossos liderados. Cada partido vai fazer isso agora", disse o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), ao deixar o apartamento de Cunha na tarde desta terça.

Segundo Eduardo Cunha, a ideia é formalizar o "blocão" como um bloco parlamentar a partir de 2015, o que garantiria força numérica em votações na Casa e peso para conquistar espaços na Mesa Diretora e em comissões importantes.

"Embora eles [os líderes do blocão] tenham, pessoalmente, total simpatia, eles precisam, internamente, se respaldarem", explicou Cunha. "É uma etapa de um processo em construção", completou.

O encontro foi o primeiro realizado após Cunha ter sido escolhido para continuar na liderança do PMDB na Câmara na próxima legislatura e ter recebido o aval da bancada do partido para articular sua candidatura.

Cunha afirmou que depois buscará o suporte de outros partidos. "Primeiro, a gente resolve em casa [dentro da bancada]. Depois, a segunda casa, que é o ‘blocão’. E, a partir daí, vou partir para o resto", afirmou.

A estratégia de Cunha é enfraquecer a eventual candidatura de um deputado do PT, partido com a maior bancada e que não quer abrir mão de candidatura à Presidência da Câmara. O PMDB da Câmara não pretendfe renovar o acordo costurado entre os dois partidos no início do mandato de Dilma Rousseff, em 2010, para que se alternassem no comando da Casa a cada dois anos.

"A candidatura do Eduardo [Cunha], independente da relação política e ideológica dos partidos, é a única com potencial de não deixar totalmente atrelada Câmara e Senado com a Presidência da República", afirmou o líder do SD, Fernando Francischini (PR), após o encontro.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir