Categoria Geral  Noticia Atualizada em 21-11-2014

Sem chuvas, principais sistemas voltam a ter queda nesta sex
Volumes do Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga recuaram. Juntos eles abastecem 15,9 milhões de pessoas.
Sem chuvas, principais sistemas voltam a ter queda nesta sex
Foto: g1.globo.com

Após mais um dia sem chuvas, os três maiores sistemas de abastecimento de água da Grande São Paulo - Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga - tiveram nova queda em seus níveis nesta sexta-feira (21), segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

No Cantareira, recuou de 9,9% para 9,7%. O atual índice leva em consideração a segunda cota do volume morto do sistema. O volume útil e a primeira cota já foram esgotados.

No Guarapiranga, a queda do nível de reserva foi ainda mais expressiva: de 33,3% para 33%. No Sistema Alto Tietê, o nível recuou de 6,5% para 6,4%.

No mês de novembro, a média esperada de chuvas no Cantareira é de 161,2 milímetros na região dos reservatórios. Até agora, choveu pouco mais da metade: 90,2 milímetros.

Essa chuva já representa mais que o dobro do que caiu em todo o mês de outubro, quando foi registrado 42,5 milímetros. Porém, mesmo com a precipitação mais forte em novembro, o nível das represas não subiu. Já são mais de 200 dias seguidos de constantes quedas e poucos dias de recuperação.

Juntos, Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga abastecem 15,9 milhões de pessoas na Grande São Paulo.

Outros Sistemas
Os outros três sistemas de abastecimento da Grande São Paulo não registraram chuvas entre quinta (20) e sexta (21) e também tiveram queda em seus níveis.

No Alto Cotia, o volume acumulado recuou de 28,6% para 28,4%. No Rio Grande, o nível baixou de 64,8% para 64,6% e, no Rio Claro, de 34% para 33,3%.

Reajuste em dezembro
Na sexta-feira (14), executivos da Sabesp informaram que o reajuste de tarifas pedido pela Sabesp para aplicação em dezembro deve ser maior que os 5,44% acertados no começo do ano, mas suspenso antes das eleições de outubro.

A empresa, controlada pelo governo do Estado de São Paulo, conseguiu o reajuste em meados de abril, mas na época a Arsesp, agência reguladora do setor, autorizou a aplicação do aumento das tarifas em "momento oportuno".

No caso, o momento oportuno foi dezembro, conforme comunicado da empresa na noite de quinta-feira ao mercado.

Na sexta-feira, o diretor financeiro da Sabesp, Rui Afonso, afirmou a analistas em videoconferência que o reajuste pretendido "deverá ser maior que os 5,44%", diante da necessidade de correção monetária. Ele não comentou qual será o índice a ser aplicado.

O processo de revisão tarifária deveria ter sido concluído em agosto de 2013, mas passou por uma série de adiamentos.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir