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Obama apresenta reformas e acirra disputa com republicanos

Obama: republicanos acusam Obama de abusar de seus poderes constitucionais um ano ap�s declarar que ele n�o tinha a autoridade de agir sozinho.
Obama apresenta reformas e acirra disputa com republicanos

Foto: exame.abril

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, imp�s a maior reforma na imigra��o do pa�s em uma gera��o na noite de quinta-feira, reduzindo a amea�a de deporta��o para cerca de 4,7 milh�es de imigrantes ilegais e criando um confronto com republicanos que prometem combater suas medidas.

Em um discurso na Casa Branca, Obama rejeitou os argumentos dos republicanos de que sua decis�o de "passar por cima" do Congresso e tomar uma a��o executiva era equivalente a uma anistia para imigrantes ilegais.

Este foi o maior uso de a��es executivas pelo presidente, em um ano no qual este foi seu principal m�todo de atua��o para driblar o impasse que trava o Congresso. "Anistia � o sistema de imigra��o que temos hoje, com milh�es de pessoas que vivem aqui sem pagar seus impostos ou atuar dentro das regras", disse ele.

Os republicanos responderam rapidamente, acusando Obama de abusar de seus poderes constitucionais um ano ap�s declarar que ele n�o tinha a autoridade de agir sozinho. Em um v�deo divulgado antes do discurso televisionado de Obama, o presidente da C�mara dos Deputados, o republicano John Boehner, disse que "o presidente disse antes n�o ser "um rei" nem um "imperador", mas ele com certeza age como tal."

Com 11 milh�es de imigrantes sem documentos nos Estados Unidos, o plano de Obama deixaria que cerca de 4,4 milh�es deles que s�o pais de cidad�os norte-americanos ou de residentes permanentes legais permanecessem no pa�s temporariamente, sem a amea�a de deporta��o.

Estes residentes n�o documentados podem se candidatar legalmente a empregos nos EUA e participar da sociedade norte-americana, mas n�o poder�o votar ou se qualificar para obter um seguro sob o plano de sa�de de Obama. A medida seria implementada para aqueles que est�o nos EUA h� pelo menos cinco anos.

Outros 270 mil imigrantes tamb�m seriam beneficiados com uma expans�o de uma medida de 2012, de Obama, que parou de deportar pessoas levadas ilegalmente para os Estados Unidos, como crian�as que foram trazidas por seus pais.

O presidente, falando duas semanas ap�s ele e seus colegas democratas terem sa�do derrotados das elei��es legislativas norte-americanas, parecia confiante e determinado em seu discurso. Do lado de fora, manifestantes pr�-imigra��o assistiam ao an�ncio e gritam em apoio ao presidente.

"Sim, n�s podemos", gritavam eles, tamb�m cantando o hino nacional norte-americano.

Obama pediu para que os republicanos n�o tomem medidas contra seu plano que possam levar a uma paralisa��o do governo, aumentando o espectro de uma crise desejada por alguns conservadores, mas a qual l�deres republicanos querem evitar.

Os republicanos foram culpados pela paralisa��o sobre gastos do governo h� um ano e buscam maneiras de negar o financiamento para as medidas de imigra��o do presidente sem provocar uma crise or�ament�ria no final do ano.

"O Congresso certamente n�o deve fechar nosso governo de novo apenas porque n�s discordamos nisso", disse Obama. Obama disse que tentar deportar todas as 11 milh�es de pessoas que moram ilegalmente no pa�s n�o era uma medida realista.

O presidente disse que suas a��es espelharam os tipos de medidas tomadas por presidentes republicanos e democratas no �ltimo meio s�culo.

"E para aqueles membros do Congresso que questionam minha autoridade de tornar nosso sistema de imigra��o melhor, ou questionam a sabedoria de eu agir onde o Congresso falhou, eu tenho uma resposta: aprovem um projeto de lei", disse ele.

Fonte: exame.abril

Por: Ingrid Leitte | Imprimir