Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-11-2014

Pesquisa põe Porto Alegre como a 7ª capital mais favorável p
Índice das Cidades Empreendedoras (ICE) foi divulgado por ONG. Prazo médio para abrir uma empresa na cidade é de 245 dias.
Pesquisa põe Porto Alegre como a 7ª capital mais favorável p
Foto: g1.globo.com

Referência em inovação e destaque negativo quando o tema é burocracia, Porto Alegre foi classificada como a sétima capital brasileira mais favorável ao empreendedorismo. O dado é apontado pelo Índice das Cidades Empreendedoras (ICE), promovido pela organização não-governamental (ONG) Endeavor.

No entanto, quem deseja ter o próprio negócio precisa ter paciência e persistência para seguir no ramo, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV.

Ainda na faculdade, dois amigos tiveram a ideia de abrir um restaurante. Atualmente, já são duas lojas especializadas em comida mexicana. No entanto, no início do ano, uma fiscalização dos bombeiros exigiu placas de sinalização e deixou os sócios apreensivos quanto ao futuro do negócio.

"Eles chegaram e disseram que teríamos de ser interditados. Foi um balde de água fria. A questão da interdição a gente resolveu em poucas horas, porém, a burocracia demorou 60 dias para ser resolvida", relembra Rafael Machado, um dos proprietários do restaurante.

Uma demora que virou rotina para os empreendedores. A pesquisa da Edeavor aponta que, em Porto Alegre, o prazo médio para abrir uma empresa é de 245 dias, o maior entre as 14 capitas.

"Se a gente for olhar todo sistema tributrário do Brasil, toda a burocracia de abrir um negócio, de continuar um negócio, é um desistímulo gigante. Por isso que aqui a gente fala que empreender é coisa de super-herói", aponta Henrique Garrido, coordenador de apoio ao empreendedor da Endeavor.

Apesar dessas dificuldades, a empresa dos jovens cresceu, assim como os planos da dupla para o negócio. Eles estão estruturando um sistema de franquia para abrir novas lojas em outros estados.

"A gente aprendeu a lidar com isso. Torna o nosso trabalho mais pesado, mais custoso, diminui nossa rentabilidade, mas não diminui nossa pilha de fazer o negócio crescer", completa Rafael.

O entusiamo é o mesmo de Rafael Madke, diretor-presidente de uma empresa de medicamentos que cresce 45% ao ano. O grande suporte vem de onde a fábrica está instalada, no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), espaço da universidade que estimula pesquisa e inovação.

"Esse ambiente está cada vez mais proprício. Com recursos humanos, que é vital, o mais importante, disponibilidade de capital e infraestrutura", destaca Rafael.

"Porto Alegre também está no topo do ranking porque é a capital que tem mais geração de pedido de patentes, justamente porque a gente tem universidade e mercado trabalhando em conjunto e trocando informações", aponta Bruna Eboli, executiva da Endeavor RS.

A estratégia do negócio também é um grande diferencial.

"O discurso que a gente escuta, de que bons projetos têm que ter dinheiro, isso é verdade. Mas você tem de fazer bons projetos", sitentiza Rafael Madke.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir