Categoria Geral  Noticia Atualizada em 27-11-2014

Polícia revela como agia quadrilha que fraudava Enem e vesti
Grupo usava transmissores parecidos com cartões de crédito e pontos eletrônicos. Estudante de direito é um dos 12 suspeitos que estão presos.
Polícia revela como agia quadrilha que fraudava Enem e vesti
Foto: g1.globo.com

A Polícia de Minas Gerais deu detalhes de como agia a quadrilha que fraudou cinco vestibulares de Medicina e o Enem deste ano.

As investigações revelaram que a quadrilha usava transmissores que se parecem com cartões de crédito e que as respostas eram recebidas por meio de pontos eletrônicos.

Um estudante de Direito é um dos 12 suspeitos que estão presos. Ele era estagiário no Ministério Público, em Montes Claros, norte de Minas Gerais e, de acordo com a polícia, ajudou a fraudar vários vestibulares no país.

O advogado do estudante, Renato Teixeira, contesta: "A gente vai aguardar a fase instrutória da ação penal para comprovar a inocência do meu cliente".

Segundo a polícia, as investigações começaram a partir de uma denúncia anônima. A quadrilha vinha sendo monitorada há cerca de seis meses.

Os investigadores reuniram provas de fraudes em vestibulares de cinco faculdades particulares de medicina e no Enem realizado neste mês. Policiais afirmam que a quadrilha teve acesso às questões do Enem antes do início das provas.

A transmissão das respostas aos candidatos foi interceptada. As gravações ainda não foram divulgadas. "Com relação ao Enem, a gente percebeu que a fraude foi executada a partir de uma cidade do interior do Mato Grosso, e as questões foram transmitidas para alunos que faziam provas em diferentes estados", afirma Antônio Junio Dutra Prado, delegado.

Imagens exclusivas da polícia na casa de um dos chefes da quadrilha, em Teófilo Otoni, leste de Minas, mostram que foram apreendidos equipamentos eletrônicos, uma lista de supostos clientes e provas do Enem dos últimos três anos.

"O Ministério Público de Minas vai encaminhar ao Ministério Público Federal cópias de toda a documentação necessária, de tudo que já foi apurado, que dizem respeito à essa organização que foi completamente desarticulada em Minas", diz André Luiz Garcia de Pinho, promotor de Justiça.

O Inep, instituto que é responsável pelo Enem, disse que não foi procurado pela Polícia de Minas, mas que já pediu à Polícia Federal informações sobre o caso. O Inep declarou também que qualquer candidato que tenha usado métodos ilícitos para obter vantagens no Enem será eliminado.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir