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Cresce número de mortes por câncer do colo do útero no Brasi

Relatório Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca), revela que o número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em dez anos, passando de 4.091 óbitos, em 200

Foto: www.jmonline.com.br

As meninas que tomaram as doses recomendadas contra o vírus HPV podem ser a primeira geração livre desse tipo de tumor. O levantamento mostra o câncer do colo do útero como o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões.

Segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), embora o número de óbitos tenha aumentado, o Atlas mostra queda de 6,34% na taxa de mortalidade, que é a proporção do número de mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Em 2002, foram registradas 5,04 mortes para cada 100 mil mulheres, contra 4,72 mortes para cada 100 mil mulheres, em 2012.

Segundo o infectologista Alexandre Naime Barbosa, a vacina previne contra quatro sorotipos principais do vírus HPV, sendo 6, 11, 16 e 18, responsáveis por 70% a 80% dos casos de câncer de colo de útero. Além disso, ainda fornece uma proteção em relação às verrugas genitais, também provocadas pelo HPV. "Como as lesões consequentes do HPV na mulher são extremamente difíceis de visualizar, é necessário também que toda mulher que já tenha iniciado a vida sexual faça, pelo menos uma vez por ano, o teste de Papanicolau. É um exame que vai detectar lesões precoces, que não são visíveis a olho nu, causadas pelo HPV", esclarece.

O médico lembra que a segurança da vacina é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os casos de reações são normais e sem gravidade. Hoje, para receber a dose, basta que as meninas de 11 a 13 anos apresentem o cartão de vacinação ou documento de identificação em qualquer uma das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município.

Em Uberaba, segundo a Secretaria Municipal de Vacinação, até o dia 10 de novembro, 5.376 meninas nesta faixa etária tomaram a primeira dose. O número representa 88,07% do total de crianças destinadas pela campanha. E em torno de 74% delas, ou seja, 3.985 meninas retornaram aos postos de vacinação do município para a aplicação da segunda dose. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida também às adolescentes de nove a 11 anos, e em 2016 às meninas de nove anos.

Fonte: www.jmonline.com.br

Por: Desirée Duque | Imprimir