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Planalto anuncia ministros para segundo mandato de Dilma

O Pal�cio do Planalto anunciou nesta quinta-feira (27) por meio de nota (leia a �ntegra ao final desta reportagem) os primeiros nomes de ministros da equipe do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejame

Foto: critica.net

Desde a reelei��o de Dilma, havia expectativa no mercado em rela��o aos novos integrantes da equipe econ�mica. Na semana passada, a presidente fez os convites para que Joaquim Levy e Nelson Barbosa passassem a integrar o governo. Depois, definiu o cargo que cada um ocuparia. Os dois, al�m de Tombini, chegaram a ser cogitados para ocupar a Fazenda � a escolha recaiu sobre Levy.

Durante o per�odo de transi��o, Levy e Barbosa usar�o gabinetes no Pal�cio do Planalto. Eles j� se reuniram com Dilma e v�o trabalhar na montagem de um plano de ajuste da economia. De acordo com a nota divulgada pelo Planalto, os atuais ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, permanecer�o em seus postos durante um per�odo de transi��o, at� que se conclua a forma��o das novas equipes das duas pastas.

Os ministros

O economista e engenheiro Joaquim Levy atuou nos governos de Fernando Henrique Cardoso (secret�rio-adjunto de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Fazenda e economista-chefe do Minist�rio do Planejamento), Luiz In�cio Lula da Silva (secret�rio do Tesouro Nacional) e S�rgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro (secret�rio da Fazenda).

Para assumir o Minist�rio da Fazenda, ele deixar� o posto de diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, respons�vel pela gest�o de fundos de investimento do banco. A primeira op��o de Dilma para a Fazenda era o diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, mas ele declinou do convite. Levy suceder� Guido Mantega, que comanda a Fazenda h� mais de oito anos.

O economista Nelson Barbosa � professor da Faculdade de Economia da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No primeiro mandato de Dilma, foi secret�rio-executivo do Minist�rio da Fazenda. No governo Lula, exerceu os cargos de secret�rio de Acompanhamento Econ�mico e secret�rio de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Fazenda. No Planejamento, ele suceder� Miriam Belchior, ministra da pasta durante todo o primeiro mandato de Dilma.

Alexandre Tombini � servidor concursado do Banco Central e comanda a institui��o desde o in�cio do primeiro mandato de Dilma. Ele sucedeu Henrique Meirelles, presidente do BC no governo Lula e que chegou a ser cogitado para ministro no segundo mandato de Dilma, mas, segundo o Blog do Camarotti, sofreu resist�ncia da pr�pria presidente.

Fim da era Mantega

O an�ncio dos novos ministros era aguardado com ansiedade pelo mercado devido ao desempenho da economia neste ano e ao aumento do d�ficit nas contas p�blicas.

Durante a campanha pela reelei��o, Dilma anunciou que Mantega � no cargo desde 2006, quando o presidente ainda era Luiz In�cio Lula da Silva � n�o continuaria no minist�rio em um segundo mandato por "motivos pessoais". Mas ela n�o adiantou quem seria o substituto. Mesmo depois da vit�ria na elei��o, a presidente tamb�m se esquivou de anunciar o nome do futuro ministro, argumentando que "n�o era o momento".

Levy assumir� a Fazenda em meio � tentativa do Executivo de aprovar no Congresso Nacional um projeto para derrubar a meta fiscal prevista para 2014. A proposta foi enviada ao Legislativo ap�s o segundo turno das elei��es, quando o governo reconheceu que teria dificuldades de economizar R$ 116 bilh�es para pagar juros da d�vida p�blica, conforme o previsto na Lei de Diretrizes Or�ament�rias de 2014. A vota��o estava prevista para esta quarta-feira (26), mas, devido � falta de qu�rum, foi adiada para a pr�xima ter�a (2).

D�ficit

No ano eleitoral, o governo aumentou gastos, e as contas p�blicas tiveram forte deteriora��o. Em outubro, as contas tiveram o pior resultado para o m�s em 12 anos. Em setembro, foi registrado um d�ficit prim�rio (receitas menos despesas, sem contar os juros da d�vida p�blica) de R$ 20,39 bilh�es � o pior resultado n�o apenas para setembro, mas para todos os meses da s�rie hist�rica do Tesouro Nacional, que se iniciou em 1997.

Fonte: critica.net

Por: Ingrid Leitte | Imprimir