Polícia Civil prendeu quadrilha que fazia venda de certificados falsos.
Segundo as investigações, documentos eram entregues em até 2 meses.
Foto: g1.globo.com A organização criminosa investigada por venda de certificados e diplomas falsos recebia, em média, 40 pedidos por mês no escritório do líder do grupo, em Cuiabá. A quadrilha foi presa durante uma operação "Falsário", da Polícia Civil, que descobriu um grupo especializado em falsificar os documentos, do nível fundamental até pós-graduação.
Um empresário considerado o líder do grupo, e outros integrantes, foram presos em Mato Grosso. Porém, a quadrilha também tinha representantes em São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Rio de Janeiro. "A priori pelas investigações da Polícia Civil há falsidade ideológica. O conteúdo dos documentos que é falso. Esses alunos não assistiam aula presencial. As assinaturas prévias não eram feitas por eles. Eles apenas efetuavam o pagamento e recebiam em questão de um a dois meses o certificado", explicou a delegada Anamaria Machado Costa.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, os "clientes" pagavam valores entre R$ 750 e até R$ 90 mil, quantia que variava conforme o nível de educação. Vinte e três pessoas que foram beneficiadas com esse esquema prestaram depoimento.
Os "colaboradores", que atuavam como intermediadores, remetiam a documentação dos "clientes" e o pagamento para o empresário, que providenciava o diploma falsificado de acordo com o nível de ensino desejado, em outra localidade, e cerca de 30 a 90 dias retornavam ao escritório em Cuiabá, e eram remetidos a algum membro da quadrilha, que entregava ao "beneficiário".
Operação Falsário
A operação cumpriu 56 ordens judiciais em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, sendo 10 mandados de prisão preventiva, 23 de busca e apreensão domiciliar e 23 mandados de condução coercitiva. Segundo a Polícia Civil, a quadrilha é especializada em falsificar diplomas do ensino fundamental, médio, técnico, superior e de pós-graduação.
Durante a operação foram apreendidos R$ 126 mil em dinheiro, R$ 28 mil em cheques, notebooks, celulares, 300 certificados e diplomas, entre outros documentos, todos encaminhados para perícia. Os envolvidos devem responder por falsidade ideológica, uso de documento falso e associação ao crime.
Fonte: g1.globo.com
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