Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-12-2014

Grupo muçulmano somali mata 36 pessoas no Quênia
Os mortos eram cristãos. O movimento extremista muçulmano Al-Shabab, aliado à Al-Qaeda, comete ações violentas frequentes no Quênia, cujas tropas participaram de uma intervenção militar na Somália, em 2011
Grupo muçulmano somali mata 36 pessoas no Quênia
Foto: www.opovo.com.br

Por volta de 36 pessoas foram mortas ontem num ataque no Nordeste do Quênia, assumido pelos rebeldes somalis do grupo extremista Al-Shabab. A ação aconteceu na cidade de Koromei quando, em um acampamento próximo a uma pedreira, homens fortemente armados separaram os trabalhadores muçulmanos dos cristãos, e dispararam contra os últimos.

"Nossa equipe está na região para ouvir depoimentos", afirmou a Cruz Vermelha queniana. Koromei fica a 15 quilômetros de Mandera, uma cidade isolada, próxima da fronteira com a Somália. Num comunicado na Somália, Al-Shabab reiterou que a organização será "intransigente, implacável e sem piedade" na luta contra o Quênia. "Quase 40 cruzados (cristãos) do Quênia morreram em outro ataque de sucesso executado pelos mujahedins (guerreiros muçulmanos) da Brigada Saleh Nabhan em Koromei, nas proximidades de Mandera", disse o porta-voz do grupo, Ali Mohammed Rage. A operação "faz parte de uma série de ataques planejados" no Quênia, segundo o porta-voz.

Al- Shabab, aliado à organização terrorista Al-Qaeda, afirmou que os sequestros são represálias às operações da Polícia nas mesquitas de Mombaça, a grande cidade portuária do Sudeste do Quênia. Mandera se localiza perto do local onde, em outubro, os islamitas executaram 28 não muçulmanos depois de um sequestro.

O Quênia é cenário de muitos ataques desde a intervenção de sua tropas na Somália em 2011. As forças da União Africana (UA) uniram-se aos militares quenianas na luta contra os islamitas somalis. Al-Shabab, que em 2012 anunciou a sua adesão formal à Al-Qaeda, luta para instaurar um Estado islâmico na Somália, nação sem poder executivo central desde a derrubada do ditador Mohammed Siad Barre, em 1991. O grupo foi incluído, em março de 2008, na lista de organizações consideradas terroristas pelo Governo dos Estados Unidos. (das agências de notícias)

Números
2008 foi o ano em que o Al-Shabab entrou na lista de terroristas pelo governo dos EUA

Fonte: www.opovo.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir