Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-12-2014

Inflação fica acima da meta do governo pelo quarto mês
Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo, o IPCA, ficou em 0,51%. Em 12 meses, a inflação acumulada continua acima do limite máximo do BC.
Inflação fica acima da meta do governo pelo quarto mês
Foto: g1.globo.com

O IBGE divulgou hoje a inflação oficial do país em novembro. Ela é maior do que a taxa de outubro e continua desafiando a meta do governo para esse ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo, o IPCA, ficou em 0,51%. Em outubro foi de 0,42%. Em 12 meses, a inflação acumulada fica, pelo quarto mês consecutivo, acima do limite máximo de tolerância do Banco Central.

E é no supermercado que o consumidor sente essa alta de preços. Está tudo ficando mais caro. Em novembro a alta da habitação foi de 0,69%. A energia elétrica subiu 1,67% e o aluguel residencial 0,60% Mas o que pesou mesmo foi o grupo de alimentação e bebidas. Subiu 0,77%.
A carne é forte. Pelo menos no preço dos últimos 12 meses. Subiu mais de 3,5% em novembro e quase 21% nos últimos 12 meses.
O IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo é calculado pelo IBGE desde 1980, mede o custo de vida pras famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos de dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.
O que também pesou no bolso do consumidor foi a alta do preço dos combustíveis. O reajuste da gasolina e do diesel em novembro, logo depois das eleições e puxou uma alta de 0,43% no grupo transportes.
O professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas, Márcio Fernandes Gabrielli, diz que a inflação está alta e se continuar crescendo, o poder de compra do brasileiro vai diminuir muito.
"0,51% é uma inflação alta. Se você comparar com outros países do mundo, o Brasil continua tendo uma inflação alta. Então você com inflação em torno de 6%, 6,5% ao ano continua sendo uma inflação alta. Se você fizer ao isso ao longo de vários anos, o poder de compra das pessoas diminui muito. A inflação é sempre grande prejuízo para quem é assalariado", fala Márcio.
A coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, explicou por que a inflação ficou em 0,51%. "Os alimentos voltaram a subir mais, especialmente, as carnes.

As carnes vêm aumentando ao longo de todo este ano sob pressão de exportação e com problema da seca que prejudica os pastos. A gasolina foi reajustada e neste mês houve impacto nas bombas. Além da gasolina, a energia elétrica também reajustada no Rio de Janeiro e em outras capitais a respeito do PIS/PASEP, dos impostos também pressionou a taxa.

Hoje o ministro da fazenda, Guido Mantega, conversou rapidamente com os jornalistas em Brasília e disse que foi um bom resultado.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir