Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-12-2014

Exposição de presépios de papel centenários encanta os pauli
Mostra no Museu de Arte Sacra reúne peças de diversas partes do mundo. Representações são uma tradição europeia que remonta ao século 18.
Exposição de presépios de papel centenários encanta os pauli
Foto: g1.globo.com

Crianças e adultos se encantaram com uma exposição inaugurada, neste sábado (6), no Museu de Arte Sacra de São Paulo, reunindo centenas de presépios de diversas partes do mundo. A curiosidade é que todos eles são de feitos de papel, e alguns têm mais de 300 anos.
A cena do nascimento do Menino Jesus é comum nos nossos natais. Mas, presépios de papel - e feitos há mais de um século - são raridade.
"Eu achei que ia ficar meio sem cor", diz uma pequena visitante.
"Eu achei que ia ficar velho. Igual aqueles livros, sabe?", diz a colega ao lado.
Jornal Nacional: E estão velhos ou estão bonitos?
"Bonitos", dizem as duas em coro.
A exposição tem 150 cartões de Natal. Pequenas obras de arte que foram dobradas, e bem guardadas, por gerações.

Essa tradição é bem antiga na Europa e ganhou força no fim do Século 18. O imperador da Áustria proibiu a representação de cenas do nascimento de Cristo na corte. Restaram, então, os presépios que eram feitos nas casas do povo e eram de papel. Por isso, eles ficaram conhecidos como presépios dos pobres.

"Se eram feitos pelos pobres, quisera eu ser um desses pobres. Muito luxuoso", comenta a pesquisadora Maria do Carmo Vendramini.

Os presépios são do acervo particular do colecionador Celso Rosa. Há 15 anos, ele entrou numa papelaria de bairro e comprou o primeiro, por uma ninharia.

"Fiquei encantado com a história. De repente quando eu percebi, a coleção estava grande", conta o dono da coleção.

O cenário da gruta de Belém muda de acordo com a época e o país em que o presépio foi feito.

"Cada um tinha a sua Belém. O cenário de neve, o cenário de deserto, mas sempre com a figura da cena do nascimento presenciando tudo", aponta Osley José Viaro, curador da exposição.

A cena foi representada num relógio. Um aviso de que essa tradição continua a desafiar o tempo.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir