Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-12-2014

Praia de Copacabana amanhece com cruzes pretas por mortes
Ato da ONG Rio de Paz re�ne familiares dos policiais mortos nos �ltimos dois anos no RJ.
Praia de Copacabana amanhece com cruzes pretas por mortes
Foto: jornaldobrasil

Soldado Jonas, Cabo Sim�o, Soldado Ribamar, Sargento Eduardo, Soldado Geraldo... Cento e cinquenta e duas cruzes pretas com os nomes de policiais militares assassinados no Rio de Janeiro nos dois �ltimos anos amanheceram fincadas nas areias da praia de Copacabana, na Zona Sul da cidade, nesta ter�a-feira (9/12). O ato foi organizado pela ONG Rio de Paz, a pedido dos pr�prios familiares e amigos das v�timas, que participaram de uma homenagem feita �s 11 horas, em meio as cruzes. No �ltimo fim de semana, o policial militar Geraldo Luiz da Silva, que era lotado na Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Vila Kennedy, na Zona Oeste, foi morto a tiros durante a sua folga, quando visitava familiares na comunidade de Cosme e Dami�o, em Realengo. Em menos de um m�s, Geraldo foi a sexta v�tima de viol�ncia contra PMs no Estado. Familiares do soldado estar�o presentes na manifesta��o.


No cen�rio da manifesta��o, os volunt�rios da ONG levantaram durante a madrugada uma cruz de tr�s metros de altura, formada com os uniformes da Pol�cia Militar manchados de tinta vermelha. Um cartaz posto na frente da instala��o exibe o dizer: "Em mem�ria dos policiais militares que tombaram pela popula��o do Estado do Rio de Janeiro".


Segundo o presidente da Rio de Paz, Ant�nio Carlos Costa, ele foi procurado pelo parentes dos policiais vitimados, que solicitaram a organiza��o de um ato solene em favor do fim da viol�ncia contra a categoria. "Eles [os parentes dos policiais] sabem que sempre estamos do lado dos direitos humanos. O que ouvimos dessas pessoas � que o policial militar n�o est� sendo ouvido pelas autoridades, est�o trabalhando em condi��es desumanas e em um ambiente de Seguran�a P�blica que enfrenta s�rio problemas sociais. Tem a situa��o cr�tica dos policiais que trabalham e moram nas comunidades. O governo atende � diversas classes, mas deixa um fosso de desigualdade entre as demais profiss�es e os PMs. Isso precisa ser resolvido para um verdadeira pacifica��o", disse Ant�nio Carlos. A data escolhida para o ato solene em Copacabana n�o foi por um acaso, ou seja, na v�spera do Dia Internacional dos Direitos Humanos.


O presidente da Rio de Paz solicitou uma estat�stica informal do n�mero de policiais militares mortos entre os anos de 2013 e 2014. De acordo com Ant�nio Carlos, o levantamento apontou para 152 agentes vitimados neste per�odo. Costa disse ainda que um pedido de audi�ncia com o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pez�o, ser� feito pelos policiais militares e pelo Rio de Paz, visando apresentar formalmente as principais reivindica��es da categoria.

Fonte: jornaldobrasil
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir