Categoria Geral  Noticia Atualizada em 11-12-2014

Relação custo-receita deve melhorar em 2015, diz FenaSaúde
Carteirinhas de planos de saúde: para 2015, a expectativa da Fenasaúde é de que o segmento de saúde suplementar cresça entre 2,7% e 3,3%.
Relação custo-receita deve melhorar em 2015, diz FenaSaúde
Foto: exame.abril

São Paulo - O ano de 2015 tende a ser mais equilibrado em termos de receitas e despesas no setor de saúde, com a manutenção do aumento do uso e frequência (sinistralidade) vista neste exercício, na opinião do presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e da Bradesco Saúde, Marcio Coriolano.


Não significa, porém, que as margens para seguradoras e operadoras serão melhores, mas que os custos tendem a crescer em um ritmo menor, proporcionando que os ganhos avancem mais, conforme ele.


Em 2014, o setor de saúde suplementar, de acordo com Coriolano, foi novamente impactado pelo aumento da inflação médica. No período de 2007 a 2013, enquanto as receitas do segmento avançaram 108,3%, as despesas cresceram 119,6%.


"Este ano tivemos piora da sinistralidade e, com isso, a lucratividade diminuiu, mas as estratégias adotadas pelas seguradoras e operadoras como negociação com prestadores de serviços e gestão dos planos devem garantir um ponto de equilíbrio muito mais alto no setor de saúde", afirmou Coriolano, em conversa com a imprensa, nesta manhã.


Sobre crescimento, o presidente da FenaSaúde afirmou, conforme antecipado pelo Broadcast na segunda-feira, que o setor de saúde suplementar encerrar 2014 com crescimento de 3% em número de beneficiários, alcançando perto de 72,2 milhões de vidas. Hoje, são mais de 50 milhões de beneficiários no setor. O crescimento, contudo, se concretizado, será abaixo do visto no ano passado, de 4,6%.


Apesar de menor, a projeção, conforme Coriolano, é positiva considerando o cenário macroeconômico que ainda deve ser de baixo crescimento no próximo exercício.

O motor para tal patamar de expansão, de acordo com o especialista, são as pequenas e médias empresas, uma vez que as grandes companhias já ofertam o benefício do seguro saúde para os seus colaboradores.


Para 2015, a expectativa da Fenasaúde, é de que o segmento de saúde suplementar cresça entre 2,7% e 3,3%. "A ampliação da fronteira com o crescimento de planos de saúde no Norte, Centro-Oeste e Nordeste explica também a sustentação desse crescimento. A taxa de desemprego não está aumentando e as pessoas estão mantendo seu nível de renda", explicou Coriolano, ao ser questionado sobre o impacto do aumento do desemprego em meio a um movimento de demissões em 2015, principalmente, do setor automobilístico.


A tendência é, conforme ele, que as empresas adotem cada vez mais o método de coparticipação, no qual os colaboradores contribuem com parte dos custos de determinados procedimentos, ao invés de deixar de oferecer o benefício.

Fonte: exame.abril
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir