Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-12-2014

Câmbio e alta de tarifas públicas vão retardar queda da infl
Para a autoridade monetária, a inflação começará a cair no próximo ano, mas em ritmo lento, só devendo convergir para o centro da meta a partir de 2016
Câmbio e alta de tarifas públicas vão retardar queda da infl
Foto: www.correio24horas.com.br

A alta do dólar e o aumento esperado de preços administrados (como energia e combustíveis) deverão manter a inflação acima do centro da meta de 4,5% em 2015, avaliou o Banco Central (BC) na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada e que foi divulga ontem. Para a autoridade monetária, a inflação começará a cair no próximo ano, mas em ritmo lento, só devendo convergir para o centro da meta a partir de 2016.

Na semana passada, o BC elevou a taxa Selic – juros básicos da economia – para 11,75% ao ano. A taxa é o principal instrumento de controle da inflação, porque o aumento dos juros básicos encarece o crédito e desestimula o consumo. A redução da demanda impede reajustes de bens e de serviços e, em tese, pode até provocar a redução de preços.

De acordo com o BC, a intensificação do aperto monetário foi necessária porque o câmbio e os preços administrados estão provocando um ajuste de preços relativos na economia. Além disso, o reajuste esperado de tarifas públicas, como água, energia e transportes, exigirá maior esforço do BC.

"Para o Copom, o fato de a inflação atualmente se encontrar em patamares elevados reflete, em parte, a ocorrência de dois importantes processos de ajustes de preços relativos na economia – realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais [alta do dólar] e realinhamento dos preços administrados em relação aos livres. O Comitê considera ainda que, desde sua última reunião, entre outros fatores, a intensificação desses ajustes tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável", destacou a ata.

O BC manteve a estimativa de que os preços administrados subirão 5,3% em 2014 e 6% em 2015. Para 2016, porém, o BC elevou a projeção de 4,9% para 5,2%. Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, somou 6,56% em 12 meses. Pelo quarto mês seguido, o indicador está acima do teto da meta, que é de 6,5%. O centro da meta é de 4,5%. A meta, no entanto, só vale para anos fechados.

Fonte: www.correio24horas.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir