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Marinheiro volta a estudar depois dos 40, ganha prêmio e son

Homem começou a trabalhar cedo e havia parado de estudar aos 13 anos. Marinheiro sonha em fazer gastronomia e ter uma confeitaria.
Marinheiro volta a estudar depois dos 40, ganha prêmio e son

Foto: g1.globo.com

Uma redação sobre a sua história de vida possibilitou ao marinheiro de esporte e recreio Celso Eduardo da Silva Benício, de 43 anos, vencer o Troféu Escreler, promovido pelo Comitê da Baixada Santista e destinado aos alunos da Eduação de Jovens e Adultos (EJA). O marinheiro é aluno do 4º termo da EJA na Escola Municipal Gladston Jafet, no bairro Vila Lígia, em Guarujá, no litoral de São Paulo.
Neste ano, o tema abordado foi "Onde o Sonho e a Realidade se Encontram. Com isso, Celso decidiu contar a sua história. "Metade da redação é parte da minha vida, a outra parte é o que pretendo realizar no futuro. Eu tinha alguns sonhos que tive que interromper aos 18 anos, quando a minha esposa ficou grávida", diz.
Com o sonho de trabalhar com gastronomia, o marinheiro recorda que teve de interromper os estudos muito cedo para trabalhar. "Tive que parar de estudar aos 13 anos. Minha avó tinha mais 12 filhos, então quando eu era pequeno foi um período difícil, tive que trabalhar desde cedo mesmo. Comecei aos nove. Sempre quis servir o exército, mas tive que pedir dispensa porque a minha esposa estava grávida. Agora depois dos 40 resolvi voltar a estudar, porque tenho o sonho de fazer faculdade e me formar em gastronomia", explica.
Celso revela que o seu contato com os pais era muito distante, tanto que somente conheceu a sua mãe aos 18 anos. "Fui criado pela minha avó paterna porque os meus pais se separaram. Eu apenas fui conhecer a minha mãe com 18 anos. Com o meu pai sempre tive pouco contato. Hoje ele é coronel reformado do Exército e mora no Acre", relata.
Durante a sua vida, o estudante teve várias profissões. "Com nove anos eu já vendia biscoito, cocada e outras coisa na praia. Eu sempre trabalhei. Fui empacotador em um supermercado, aos 11 anos. Eu também já fui ajudante de pedreiro, pescador, trabalhei em avícola, fui despachante, trabalhei em fábrica de blocos e descarregava caminhões de frutas durante a madrugada. Fiz muita coisa na minha vida. Contei um pouco dessa minha históriaa de vida nessa redação", comenta.
Pai de Dimas, de 24 anos, e Vanessa, de 19 anos, Celso acredita que no futuro irá realizar o seu principal sonho, no momento: "Quero terminar os meus estudos e, depois que me formar em gastronomia, montar uma confeitaria. Trabalhar nessa área e ter o meu próprio negócio é o meu maior sonho", finaliza.

Fonte: g1.globo.com

Por: Desirée Duque | Imprimir