Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-12-2014

Dirigente diz que CBV manterá apoio de parceiro e terá danos
Neuri Barbieri, superintendente geral, afirma que exigências da CGU estão sendo cumpridas para sanar irregularidades cometidas na gestão anterior
Dirigente diz que CBV manterá apoio de parceiro e terá danos
Foto: sportv.globo.com

O superintendente geral da Confederação Brasileira de Vôlei, Neuri Barbieri, disse confiar que o patrocinador histórico do vôlei brasileiro, o Banco do Brasil, continuará sua parceria de 23 anos com o esporte. Em entrevista ao "Redação SporTV", o dirigente afirmou que a nova diretoria que assumiu a entidade está cumprindo todas as exigências da Controladoria-Geral da União para que o apoio seja mantido. Segundo ele, a CBV também está procedendo para que quaisquer danos da gestão anterior sejam reparados.

- Não vejo com muita preocupação o atendimento às exigências da CGU e ao Banco do Brasil. Considero que o Banco do Brasil vai continuar sim com o voleibol. Vamos passar por um momento de preocupação nas seleções brasileiras, mas temos a confiança de que com nosso trabalho e a determinação do presidente em cumprir e tornar obrigatória as exigências, vamos seguir vitoriosos. Já contratamos advogados, que estão procedendo com ações de reparação aos danos causados à CBV. Não vejo nenhum item que não possa ser atendido.

O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira que suspendeu o pagamento de verbas relacionados ao patrocínio da CBV em função do relatório final da Controladoria-Geral da União, que apontou irregularidades na gestão do dinheiro público na entidade. Os contratos irregulares têm juntos o valor de R$ 30 milhões, pagos entre 2010 e 2013.

O dirigente disse que a auditoria confirmou a existência de irregularidades na gestão do ex-presidente Ary Graça. O mandatário renunciou ao cargo para assumir a Federação Internacional de Vôlei.

- Presidente Ary Graça, pese o brilhante trabalho realizado em termos de conquistas, algumas irregularidades foram constatadas na auditoria. Não há dúvida disso. Explicamos a todos os jornalistas da época. A auditoria está no Banco do Brasil e na CGU. O presidente tem o dever pessoal de se defender. Mas a verdade é que apareceram fatos éticos, de natureza ética, como contratação de parentesco, ex-diretores, contratos de terceirização sempre com pessoas com ligação pessoal e com ex-funcionários. Contratos que não conferem com o registro. Uma série de irregularidades que são públicas hoje. O relatório da CGU vem a confirmar isso tudo.

Barbieri, no entanto, disse que a CBV irá contestar alguns itens do relatório de irregularidades da CGU. O dirigente contraria pontos como o salário duplo do diretor de eventos da entidade Marcelo Wangler e o não pagamento de bônus aos atletas.

- Devo, por uma questão de justiça, contestar alguns fatos do relatório. Especialmente o fato de que o atual diretor Marcelo Wangler recebe dois salários. Isso é uma inverdade. Não sei como uma auditoria tão importante comete um erro dessa natureza. Outra coisa que se pronuncia é em relação ao bônus de performance não pago aos atletas. Isso é uma inverdade. Não há nenhuma. Os atletas têm se manifestado de forma prejudicial, mas não ouvi de nenhum atleta esse tipo de reclamação. Não houve falta de pagamento. Ao contrário, apesar de ser sigiloso, existe um bônus de performance de R$ 10 milhões por ano, dos quais a CBV sempre ultrapassou esse valor. Sempre pagou mais. O montante pago pelo BB não alcança o que foi pago, porque temos outros patrocinadores.

Fonte: sportv.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir