Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-12-2014

Estado Islâmico tenta vender corpo de refém decapitado
Com o fracasso na tentativa de negociar o resgate de reféns americanos, o Estado Islâmico (EI) tenta agora um novo método para conseguir fundos: depois de decapitá-los, seus combatentes tentam vender o corpo de pelo menos um deles, o americano James Foley
Estado Islâmico tenta vender corpo de refém decapitado
Foto: br.noticias

A informação foi confirmada pelo "BuzzFeed News", que conversou com três intermediários diferentes. Todos revelaram que a troca seria feita na Turquia. Um deles, um ex-combatente rebelde sírio, tem ligações com os comandantes do EI desde o início da guerra civil. E atua como intermediário nas negociações de reféns da al-Nusra, o ramo sírio da al-Qaeda.

Ele revelou ter sido procurado por um líder do EI que lhe pediu para encontrar uma forma de contatar o governo dos Estados Unidos ou a família de Foley. Para provar a sua boa fé no comércio obscuro, o intermediário mostrou vídeos inéditos de reféns ocidentais sob custódia da al-Nusra.

- Eles pedem US$ 1 milhão e se comprometem a enviar o DNA para a Turquia, mas querem o dinheiro antes - conta ele, que diz que sua motivação é ajudar a encerrar o luto da família.

O Estado Islâmico chegou a contar com 23 reféns na Síria. Quinze europeus foram libertados, depois que seus governos pagaram quantias elevadas pelos resgates, mas os reféns britânicos e os americanos não tiveram o mesmo destino - ambos os países recusaram-se a negociar e impediram as famílias de pagar os respetivos resgates.

Nos meses seguintes à morte de Foley, o EI divulgou vídeos das execuções do americano Steven Sotloff, do britânico Alan Henning e do americano Peter Kassig. O jornalista britânico John Cantlie e uma mulher americana continuam reféns.

Outro intermediário é um empresário que tem procurado usar as suas próprias conexões com o Estado Islâmico para facilitar as negociações de reféns. Ambos disseram que um oficial do Free Syrian Army (FSA), coligação rebelde apoiada pelos Estados Unidos, estaria presente nas conversas. O FSA esteve envolvido em negociações anteriores com o EI.

- Será uma vergonha para o governo americano. As pessoas vão perguntar porque é que se trouxe o corpo, mas não se salvou o jornalista enquanto estava vivo - afirmou o oficial da FSA ao "BuzzFeed News", descrevendo-se como o "gerente" das negociações propostas.

Fonte: br.noticias
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir