Categoria Geral  Noticia Atualizada em 19-12-2014

Diminui a farra dos blockbusters no Brasil
Estreias recordistas, como a de “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1″ e “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”, podem se tornar mais raras a partir de 1º de janeiro.
Diminui a farra dos blockbusters no Brasil
Foto: pipocamoderna.virgula.uol.com.br

É que as empresas de cinema entraram em acordo com a Ancine (Agência Nacional de Cinema) para estabelecer limites na exibição de um mesmo filme nas múltiplas salas dos complexos de cinema do País.

O compromisso público, assumido nesta quinta-feira (18/12) entre o circuito exibidor, as distribuidoras de filmes e a Ancine, estabelece que um mesmo filme só poderá ser exibido em até duas salas em multiplexes que possuam entre 3 e 6 salas, e só ocupará um terceiro espaço em complexos com mais de 9 salas de cinema. A divisão prevê ainda a distribuição em espaços maiores – quatro salas para complexos com 12 cinemas e cinco para os maiores, acima de 15 salas.

Este acordo pretende evitar o que aconteceu com o lançamento de "Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1″ no final de novembro, quando o filme foi lançado em número recorde de cinemas, ocupando 1.336 de um total aproximado de 2.800 salas disponíveis em todo o país. A estreia rendeu uma bilheteria estrondosa, mas também disparou a polêmica, a ponto de o presidente da Ancine, Manoel Rangel, chamar de "predatória" a tática de ocupação de quase 50% das salas por apenas um filme.

O novo limite entra em vigor a partir de 1º de janeiro, e equivale a 30%, em média, da ocupação de um único multiplex. É o mesmo limite que rege o mercado cinematográfico francês.

A solução encontrada, porém, não vai impedir o predomínio dos blockbusters na programação dos cinemas. Nesta semana, os citados "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos" e "Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1″ ocupavam 8 das 14 salas de um complexo de cinemas em São Paulo, e este monopólio de exibição estaria dentro dos limites negociados.

Outro compromisso estabelecido visa acelerar o processo de digitalização do parque exibidor brasileiro. As distribuidoras deverão disponibilizar cópias digitais de seus filmes para os complexos que as demandarem, o que deve garantir que os grandes lançamentos cheguem a mais pontos de exibição.

Fonte: pipocamoderna.virgula.uol.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir