No apagar das luzes do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, o MEC (Ministério da Educação) publicou ontem uma portaria que dificulta o acesso ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), programa voltado para o financiamento da graduação no ensi
Foto: portal.tododia.uol.com.br A partir de abril de 2015, será exigida pontuação mínima de 450 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para obter acesso ao financiamento.
A portaria do MEC também proíbe que o aluno receba simultaneamente recursos do Fies e bolsa do ProUni (Programa Universidade Para Todos), que concede bolsas integrais e parciais para instituições privadas de ensino superior.
DEBATE
O financiamento do Fies e o ProUni entraram no debate político da última campanha eleitoral, com a presidente Dilma Rousseff assegurando que manteria os programas no segundo mandato. Segundo estimativas da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares), a medida deve reduzir em 20% o número de jovens beneficiados com as políticas educacionais no setor privado.
"Essas mudanças no Fies, ao dificultar o acesso ao juros baixos do Fies, representam um corte feito sob medida para ajuste fiscal, que atinge em primeiro lugar a educação no País", critica a presidente da Fenep, Amábile Pacios.
Procurado pela reportagem, o MEC informou que a portaria faz parte dos "aprimoramentos que ocorrem no Fies desde a sua implementação e tem por objetivo deixar claro para os estudantes os procedimentos e critérios para a obtenção do financiamento". Segundo a pasta, a portaria está em "consonância" com as ações do MEC nos últimos anos de "melhorar a qualidade do ensino superior".
Fonte: portal.tododia.uol.com.br
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