Categoria Geral  Noticia Atualizada em 30-12-2014

Férias se transformam em pesadelo para noiva de passageiro d
Seriam as últimas férias juntos em Cingapura antes de se casarem. Em vez disso, elas se transformaram em uma vigília de pesadelo à espera de notícias sobre um avião desaparecido.
Férias se transformam em pesadelo para noiva de passageiro d
Foto: www.msn.com

Louise Sidharta, 25, ficou sabendo do avião da AirAsia Bhd., que perdeu contato, quando estava indo para o aeroporto da cidade de Surabaya, no centro da Indonésia. Ela sabia que um pouco mais cedo seu noivo e a família dele haviam tomado um voo para Cingapura, onde todos iam passar as férias juntos. Logo depois, seus piores medos foram confirmados.

Navios e aviões de busca e resgate de pelo menos quatro países estão atravessando grandes extensões do Mar de Java um dia depois que o voo QZ8501 desapareceu ao largo da costa de Bornéu. O avião saiu de Surabaya com 155 passageiros e sete tripulantes a bordo e desapareceu das telas dos radares pouco depois que os pilotos pediram autorização para mudar de rota para evitar nuvens.

No Aeroporto Changi, em Cingapura, ainda cheio de enfeites luminosos de Natal, foi montada uma área de espera dentro do salão de migrações para parentes e amigos dos passageiros. Alguns optaram por viajar para Surabaya em busca de notícias, unindo-se àqueles que já estão esperando no aeroporto da Indonésia.

O desaparecimento do avião é uma lembrança dolorosa para aqueles que perderam parentes e amigos em dois aviões operados pela empresa estatal Malaysian Airline System Bhd. O voo 379 saiu de Kuala Lumpur no dia 8 de março com destino a Pequim e desapareceu das telas dos radares sem aviso e o MH17 foi derrubado na Ucrânia em julho.

Sidharta, que foi levada para a área de espera do aeroporto de Changi ontem quando seu voo aterrissou, disse que seu noivo Alain, um empreendedor de 27 anos, tinha viajado com os pais e três irmãos. Ela não deu mais detalhes. A lista de passageiros tinha um Alain Oktavianus.

"Pensamentos positivos"

"Nós tínhamos planejado nos casar em maio do ano que vem", disse Sidharta à imprensa. "Nós não estamos pensando negativamente agora. Nós só temos pensamentos positivos".

Em Surabaya, cerca de 200 familiares e amigos, alguns deles chorando, esperavam calados em uma sala de crise dentro do aeroporto, recebendo informações do governo e de funcionários da companhia de aviação.

Segurando uma foto, do lado de fora da sala, uma mulher que se identificou como Nana disse que quatro dos cinco membros da família para a qual ela trabalhava estavam no voo QZ8501.

"Eu já estou com a família há 18 anos", disse ela soluçando. "Eu cuidei das crianças desde que eles eram bebês".

Nana disse que ela trabalhava para a família de Herumanto Tanus e sua esposa Indahju Liangsih, que tinham três filhos. Ela disse que Nico Giovanni, 17, e Justin Giovanni, 9, viajaram com os pais para visitar a irmã Chiara Natasha, que está estudando em Cingapura.

Antes de saírem, o pai disse "nós vamos nos encontrar com Chiara em Cingapura – se cuide em Surabaya", disse Nana.

"Meu coração está sangrando"

Budi Projo, 39, disse que falou pela última vez com sua irmã Natalina Wuntarjo, 33, no dia 23 de dezembro. Projo disse que ela parecia animada com a viagem para Cingapura e depois para a Malásia para passar as férias, mesmo já tendo ido aos dois países algumas vezes.

"Eu fiquei chocado", disse ele à imprensa sobre o momento em que ficou sabendo que a irmã estava no voo fatídico. "Eu vou ficar aqui e esperar a minha irmã. Eu espero que a minha irmã esteja bem".

O logotipo da AirAsia no Twitter e sua página oficial no Facebook passaram de sua tradicional cor cereja para cinza minutos depois da primeira declaração da empresa, que dizia que o avião tinha perdido contato.

O CEO da AirAsia, Tony Fernandes, que voltou para Surabaya hoje depois de ter ido a Jacarta, também escreveu no Twitter. "Mantendo-me positivo e forte. Meu coração está sangrando por todos os familiares da minha tripulação e dos nossos passageiros", ele postou.

Fonte: www.msn.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir