Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-01-2015

Público encara calor e até falta d água na posse
O PT, partido da presidente, pagou caravanas para apoiadores; ambulantes cobravam R$ 4 por garrafa de 500 ml de água
Público encara calor e até falta d água na posse
Foto: ultimosegundo.ig.com.br

Milhares de simpatizantes vieram de vários cantos do país em caravanas bancadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) ou por conta própria e chegaram cedo para garantir um bom lugar, perto de onde a presidente desfilou em carro aberto.

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Washington da Silva Santos e mais 25 pessoas da cidade de Santo André (SP) chegaram à Brasília às 3h após viajarem 16 horas num ônibus fretado pelo partido.

Passar o ano novo na estrada não foi problema. O que incomodou os viajantes foi a falta de água no local alugado para hospedar a militância petista, o ginásio poliesportivo Nilson Nelson.

"A viagem foi muito boa, mas quando cheguei aqui o lugar estava muito cheio e não tinha estrutura adequada para nos receber. Estava sem água e não tivemos como tomar banho", reclamou Santos, que é funcionário de uma empresa de produtos químicos.

Ainda assim, o admirador da presidente não desanimou. Chegou às 10h30 à Esplanada dos Ministérios, garantindo um lugar privilegiado de onde pôde ver Dilma passar no Rolls-Royce presidencial a poucos metros de distância, às 15h05, e em seguida descer do carro e subir a rampa do Congresso Nacional, onde foi empossada em cerimônia no Senado.

"Eu faço tudo pela Dilma. Ela merece porque ela é o povão, representa o povo brasileiro", disse Santos.

"Sou petista desde que eu nasci. Eu gosto do partido, é que nem time de futebol", frisou, empolgado, esquecendo-se de que o Partido tem 34 anos, menos do que seus 51 anos de idade.

Santos passou as mais de quatro horas em que aguardou a chegada de Dilma com o braço erguido, segurando uma das lonas usadas pelos militantes para se proteger do sol.

Sede

O esquema de segurança não deixou que as pessoas entrassem na área próxima ao Congresso Nacional com sombrinhas, bandeiras ou garrafas de água. Alguns dos apoiadores eram bem simples e estavam sem beber água por causa do alto preço cobrado pelos ambulantes, R$ 4 pela garrafa de 500 ml. Guarda-chuvas eram vendidos também por 20 reais cada na área mais distante do Parlamento.

"Podiam distribuir água aqui para gente, R$ 4 é muita exploração", reclamou a aposentada Rozinete Aurora da Silva.

O serralheiro Edvaldo Matos da Silva veio de Pedreiras, no Maranhão, com a esposa por conta própria e ficou hospedado na casa de parentes em Luziânia, cidade próxima à Brasília. Seu objetivo é voltar para a casa e contar aos amigos que viu de perto a presidente. "Minha expectativa é e que ela faça um bom governo, principalmente para aquelas pessoas carentes, que precisam (da ação do governo)", disse.

Bem-humorado, apesar do calor, o comerciante Hailton Alves de Araújo contou que veio de Goianésia do Pará (PA) junto com a mulher e o filho. Eles levaram 24 horas para percorrer cerca 2 mil km. "Viemos porque eu vejo que nesses últimos doze anos a vida do povo brasileiro mudou substancialmente", explicou.

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir