Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-01-2015

Obras do Aquário do Pantanal serão paralisadas
Medida é temporária, afirmou Reinaldo Azambuja em entrevista ao BDMS. Chefe do executivo também falou sobre educação, saúde, indústria e metas.
Obras do Aquário do Pantanal serão paralisadas
Foto: g1.globo.com

A partir de segunda-feira (4), as obras do Aquário do Pantanal, em Campo Grande, serão interrompidas, segundo afirmação do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), em entrevista ao Bom Dia MS desta sexta-feira (2).

O chefe do executivo estadual explicou que a paralisação temporária da obra será necessária para a contratação de uma auditoria. Além disso, o governador afirmou que vai concluir o empreendimento. Em entrevista anterior ao G1, o governador já havia anunciado que a obra seria auditada.

"Como o próprio [ex] governador [André Puccinelli] disse, no início, ele tinha um custo previsto de R$ 87 milhões. Ele mesmo disse que agora deve chegar a R$ 170 milhões. As projeções, entre outros gastos que foram feitos, é que [a obra] passa dos R$ 200 milhões. Então nós vamos paralisar momentaneamente essa obra, a partir de segunda-feira, para que a gente tenha a contratação de uma auditoria", explicou.

Segundo o governador, um decreto será constituído e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) na edição de segunda-feira (4). Azambuja também disse que chamará órgãos diversos para compor a comissão de auditoria.

"Constituindo esses órgãos, chamando o Crea [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia], chamando o CAU [Conselho de Arquitetura e Urbanismo], e todo Ministério Público, Tribunal de Contas, governo, para que nos dê segurança jurídica necessária para conclusão dessa obra", ressaltou.

Azambuja também comentou a declaração do ex-governador André Puccinelli, que afirmou que cerca de 70% do valor da obra é de recursos de compensação ambiental, verba que só pode ser aplicada em questões ambientais.

"Nós precisamos ter segurança daquilo que foi aplicado, se a obra está com as condições de segurança, de fundação, de engenharia, se o projeto está bem concebido, se esses R$ 34 milhões que ficaram em uma conta separada dá para terminar a obra. Vamos fazer a auditoria, é uma obra que já passa por investigação. Não vamos gastar ali, como foi feito, um mau planejamento. Previram gastar 87 [milhões de reais], já passa de 170 [milhões de reais], ainda não está concluída, então precisamos ter segurança para investir", afirmou.

Durante entrevista ao BDMS, Azambuja também falou sobre os desafios de controle financeiro e metas para saúde, educação, indústria, comércio, segurança pública, agronegócio e transporte. Confira.
Saúde
Uma das prioridades apontadas pela população, a saúde também será prioridade do governo, segundo Azambuja. Durante a entrevista, ele ressaltou que, no interior do estado, prédios de hospitais e unidades de saúde foram construídos, mas não funcionam por falta de infra-estrutura. Também citou obras inacabadas em Campo Grande, como o Hospital do Trauma e o Hospital do Câncer.

O governador reforçou a promessa de mutirões da saúde, feita durante a campanha eleitoral, e disse que pretende começar os trabalhos dos mutirões em 90 dias. "Já temos as equipes prontas para ir para esses polos regionais, e ali tem que funcionar tomografia, ressonância. Temos que fazer a contratação desses equipamentos e profissionais preparados para esses exames e aí contratamos mais médicos. Esse mutirão vai para essas regiões", explicou.

Transporte
Para melhor o setor, o governador pretende reduzir ICMS do diesel. Reinaldo Azambuja acredita que a medida servirá para aproveitar melhor as hidrovias, aumentando a competitividade e fazendo com que empresas de outros estados voltem a abastecer no estado.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir