Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-01-2015

Terminou o ano com mais mortos na guerra civil síria
Nos últimos 12 meses morreram mais de 76 mil pessoas na Síria e quase 18 mil eram civis.
Terminou o ano com mais mortos na guerra civil síria
Foto: publico.pt

É para fugir à violência da guerra que milhares arriscam a vida nas perigosas rotas no mar Mediterrâneo com o objectivo de alcançar a Europa. E 2014 foi mesmo o ano mais sangrento da guerra civil na Síria, com mais de 76 mil mortos. Quase um quarto das vítimas (17.790) eram civis, entre os quais 3501 crianças e quase duas mil mulheres, de acordo com um relatório do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A emergência do grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico – que controla uma vasta região no norte da Síria e do Iraque – contribuiu para que 2014 fosse o ano mais mortífero no país. "Este ano constatou-se um aumento do número de jihadistas estrangeiros mortos", sublinhou o director do OSDH, Rami Abdel Rahmane, em declarações à AFP. Entre os milhares de combatentes estrangeiros que lutam nas fileiras do Estado Islâmico e de outros grupos radicais – sobretudo provenientes de países da região, mas também da Europa, Estados Unidos e Austrália – foram mortos no último ano quase 17 mil.

Desde o início do conflito entre os grupos rebeldes e as forças governamentais do regime de Bashar al-Assad, em Março de 2011, morreram mais de 200 mil pessoas. Nos últimos três anos, a tendência tem sido de crescimento, com 73 mil mortos em 2013 e cerca de 50 mil no ano anterior, segundo os dados da organização, que recolhe informações junto de activistas no terreno.

As forças pró-regime sofreram mais de 24 mil baixas, incluindo cerca de dois mil membros de grupos armados de combatentes estrangeiros xiitas e perto de dez mil mortos de diversas milícias que apoiam Assad. Foram ainda mortos 366 membros do Hezbollah, o partido xiita libanês que também apoia o regime.

Também no Iraque, o último ano registou uma elevada taxa de mortalidade por causa do conflito que assola o país. Em 2014 morreram mais de 15.500 pessoas, o dobro em relação ao número registado no ano anterior e a estatística mais elevada desde 2007.

Fonte: publico.pt
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir