Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-01-2015

Com salários atrasados, servidores fazem protestos
Trabalhadores pedem pagamento imediato de salários e benefícios atrasados. GDF diz que saúde deve receber hoje e educação na próxima semana.
Com salários atrasados, servidores fazem protestos
Foto: g1.globo.com

Com os salários de dezembro atrasados, terceirizados, professores e servidores da saúde fecharam o Eixo Monumental e a 102 Sul, em Brasília, em dois atos distintos de protesto nesta sexta-feira (9). Os depósitos deveriam ter caído nas contas dos trabalhadores nesta quinta (8).

Inconformados com os atrasos, servidores do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde), decidiram entrar em greve. Já os professores e os terceirizados informaram que vão acampar em frente ao Palácio do Buriti até receberem os valores devidos.

Pela manhã, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que os salários de dezembro dos servidores da saúde serão depositados nesta sexta e devem estar disponíveis no sábado (10) nas contas dos trabalhadores. O pagamento dos servidores da educação deverá ser feito apenas na semana que vem. O chefe do Executivo disse ter sido uma opção difícil escolher qual área receberia primeiro os salários atrasados. Rollemberg não deu previsões acerca do pagamento dos funcionários terceirizados.

Ato de professores e terceirizados

Pouco antes das 11h, professores e terceirizados ocuparam todas as faixas do Eixo Monumental, na altura do Palácio do Buriti. Uma hora depois, o grupo ocupou cinco faixas da via oposta, que só foi liberada às 13h. Segundo a Polícia Militar, cerca de 450 profissionais participam do ato. Cem policiais a mais foram convocados para reforçar a segurança na via.

Os professores pedem o pagamento do salário de dezembro, das férias, dos 13º dos aniversariantes do mês passado e dos professores temporários, além da correção nos salários dos aniversariantes entre janeiro e agosto. Já os terceirizados exigem o pagamento das férias, do ticket alimentação e do vale-transporte do mês passado.

Por volta de 13h, uma reunião entre a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que organizou o ato, e o secretário de Trabalho, de Relações Institucionais e o secretário-adjunto da Casa Civil terminou sem acordo. De acordo com a CUT, os servidores vão montar barracas e instalar banheiros químicos na Praça do Buriti, em frente à sede do Executivo, para acampar. Eles afirmam que vão permanecer no local até receberem os salários e benefícios atrasados.

A professora temporária Norma Jaqueline afirma que ainda não recebeu o 13º salário e o pagamento referente ao mês de dezembro. Segundo ela, a falta do dinheiro prejudicou as festas de fim de ano da família. "Não teve Natal. Os meus amigos me convidaram para a casa deles, porque em casa não tinha condições. A gente vive de salário e agora eu estou vivendo com a ajuda desses meus amigos", lamentou.

Ao meio-dia, o trânsito sentido Esplanada dos Ministérios chegava até a altura da antiga rodoferroviária. Os carros estavam sendo desviados para o Setor de Indústrias Gráficas (SIG). No sentido Estrutural, o congestionamento alcançava a Rodoviária do Plano Piloto. O trânsito era desviado para o autódromo de Brasília.

Preso no congestionamento, o funcionário público Raimundo Nonato disse apoiar o ato dos trabalhadores. "Estou vendo que o trânsito está caótico, mas realmente precisava acontecer isso para abrir os olhos dos governo, porque as pessoas não têm que pagar pelo erro dos governadores", disse.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir