Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-01-2015

Inflação fecha 2014 em 6,41%, pouco abaixo do teto da meta,
IPCA fechou em 6,41%; meta do governo era 4,5%, com tolerância até 6,5%. Meta de inflação teve um estouro nas capitais do PA, PR, MS, RS, GO e RJ.
Inflação fecha 2014 em 6,41%, pouco abaixo do teto da meta,
Foto: g1.globo.com

Alívio para o governo. A inflação em 2014 ficou pouco abaixo do máximo estipulado para o ano. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou em 6,41%. A meta do governo era 4,5%, com tolerância de até 6,5%. Em 2013, o índice foi de 5,91%.
Ao longo de 2014, o governo lutou contra uma inflação resistente, que várias vezes estourou a meta. Por isso, foi um alívio com o resultado de dezembro. Mas essa é a média do país.
Em várias cidades, a meta estourou. Caso de Belém (6,59%), Curitiba (6,66%), Campo Grande (6,77%), Porto Alegre (6,77%), Goiânia (7,20%) e Rio de Janeiro (7,60%).
E por que essa alta? A resposta está nos preços administrados, aqueles definidos por contrato ou pelo governo. A conta de energia, por exemplo, disparou. Com as viagens de férias, os preços das passagens aéreas decolaram em dezembro (alta de 42,53%).
Os transportes (alta de 1,38%) pressionaram a inflação, que chegou a 0,78% no mês, bem acima da alta de novembro (0,51%). Mas este não foi o único destaque na escalada de preços de 2014.
No resultado fechado do ano, os gastos com habitação (alta de 8,80%) e alimentos (alta de 8,03%) foram os que mais impactaram, porque têm mais peso no índice.
O preço da carne subiu mais de 22% e a cebola, 23,6%. Mas a maior surpresa neste ano foi dos preços administrados. A energia elétrica, que tinha caído 15,6% em 2013, subiu 17% em 2014 - reflexo da seca no país, que provocou altos reajustes nas contas. A energia deve continuar pesando agora em 2015.
"Essa questão da seca ainda não foi resolvida, os reservatórios continuam muito baixos, o custo da produção de energia elétrica continua bastante alto. Essa vai ser a tarifa que vai ter o maior reajuste. Em segundo lugar, transporte urbano, pedágio e aí outras tarifas publicas que todo ano reajustam", explica Tatiana Pinheiro, economista do banco Santander.
Em uma conversa com internautas em uma rede social, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comentou que a inflação ficou dentro do combinado. Ele disse que, para que a economia cresça, é preciso fazer algumas arrumações, o que pode mexer com os preços.
Em nota, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, declarou que a instituição fará o necessário para que a inflação entre em 2015 em longo período de declínio, para chegar à meta de 4,5% em 2016.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir