Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-01-2015

Detidos em protesto contra aumento de passagem são liberados
Dois foram presos em manifestação na noite desta sexta (9), no Centro. Testemunhas dizem que duas pessoas foram feridas por armas não letais.
Detidos em protesto contra aumento de passagem são liberados
Foto: g1.globo.com

Os dois detidos na manifestação contra o aumento da passagem de ônibus municipais do Rio, no início da noite desta sexta-feira (9), foram liberados durante a madrugada deste sábado (10). Segundo a Polícia Civil, as detenções ocorreram na 17ª DP (São Cristóvão). A PM informou que os presos estavam praticando atos de vandalismo durante a realização do protesto.

Ainda segundo a corporação, as prisões ocorreram no fim do ato, durante a dispersão das pessoas. Testemunhas disseram que uma manifestante se desentendeu com um policial militar. Ela teria arremessado objetos contra os PMs, quando um deles a teria agredido. Houve tumulto e os policiais usaram bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a confusão. Socorristas voluntários que acompanharam o protesto disseram ao G1 terem socorrido ao menos dois ativistas que foram atingidos por balas de borracha.

Depois do tumulto, dezenas de manifestantes se posicionaram em frente ao Quartel General da Polícia Militar. Eles exigiam a liberação dos dois ativistas detidos e insultavam os policiais, acusando-os de terem agredido a manifestante detida.
Cerca de 500 pessoas, segundo a PM, participaram do ato. O grupo se encontrou na frente da Câmara Municipal, na Cinelândia, e saiu em passeata fechando ruas e causando bloqueios no trânsito da região.

Às 20h, um grupo entrou na Central do Brasil e a PM tentou fechar as portas. Houve corre-corre. Homens do Batalhão de Choque acompanhavam de perto. Quando entraram na Central, alguns ativistas disseram que iriam pular a catraca sem pagar, mas acabaram desistindo diante do número de policiais presentes. Em seguida, o grupo retornou para a Avenida Presidente Vargas e marchou em direção à Candelária.
Muitas pessoas estavam mascaradas no ato. Uma bandeira com o símbolo da anarquia abriu a passeata. Uma faixa informava "preto não é luto, é luta". O grito não era para abaixar o preço das passagens. "A nossa luta agora é pela estatização", bradavam os ativistas, defendendo o financiamento estatal da tarifas e passe livre para todos.

Ao chegarem no cruzamento da Presidente Vargas com a Rua Uruguaiana, os manifestantes saíram em disparada em meio aos ambulantes. Alguns atearam fogos em amontoados de lixo ao longo da Rua Uruguaiana. Quando os manifestantes chegaram novamente na Cinelândia, houve tumulto.

Aumentos
O reajuste nas tarifas de ônibus, que entrou em vigor no sábado (3), foi de mais de 13%. A passagem passou de R$ 3 para R$ 3,40. O Ministério Público contestou na Justiça do Rio o reajuste, alegando que o valor das passagens de ônibus deveria teria ter aumentado para R$ 3,20. O recurso foi negado e o MP informou que iria recorrer.
Em Niterói, a tarifa única dos ônibus municipais será reajustada a partir da meia-noite deste sábado (10) e passará de R$ 3 para R$ 3,30. Segundo a Prefeitura de Niterói, o reajuste foi feito com base na correção do IPCA e no equilíbrio econômico e financeiro previsto no contrato de concessão.

No primeiro dia útil após entrar em vigor o reajuste nas tarifas do transporte público do Rio, outra manifestação reuniu dezenas de pessoas no Centro na noite de segunda-feira (5). A passeata, que aconteceu sob chuva e com monitoramento policial, interditou o trânsito em duas das principais vias da capital e terminou nas escadarias da Câmara Municipal.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir