Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 12-01-2015

Não devo nada
"O perdão é, basicamente, a dispensa do pagamento de uma dívida...", Polly Barros.
Não devo nada

Quando tudo parece estar contra você, o que fazer? Ter serenidade? Minha conta conjunta com essa virtude estourou seu limite. Nada que me impeça de retirar um saldo, que está negativo. Pequenas coisas somatórias, como roubo da mochila com documentos, celular que não funciona, pessoas querendo que você seja o que não é... Isso debita direto na fonte.

Já estava prestes a jogar para o alto o que restou da minha humilde economia sentimental, em favor de um investimento cuja escala moral é a sarjeta, contudo, assinar um cheque em branco assim é muito arriscado. Perder? Nem pensar!

Melhor guardar o talão, quebrar o cartão e diminuir as despesas com pessoas que não acrescentam em nada, aliás, não vou gastar nem tempo com gente estranha numa festa esquisita. Melhor assim. Ao menos não devo nada, muito menos satisfação.

Esquisita a sensação de dever não cumprido. Mais ainda é explicar algo que não interessa a absolutamente ninguém. Então, para desencargo de consciência, eis aqui minha culpa: sou culpado de não admitir o preconceito; de não descansar devidamente quando necessário; de não ler o jornal inteiro todos os dias; de ter vícios que a virtude alheia condena; de não cumprir prazos; de rezar menos do que deveria...

Pronto. Falei! Se devo alguma coisa... Desculpem os credores, mas vou me pagar primeiro. Que fiquem com o troco.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Roney Moraes    |      Imprimir