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ONS reduz previsão de chuvas em represas de hidrelétricas em

Usinas do SE e CO podem receber só 39% da água esperada para o mês. Estiagem pode agravar crise elétrica e elevar risco de racionamento
ONS reduz previsão de chuvas em represas de hidrelétricas em

Foto: www.expressomt.com.br

Relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgado nesta sexta-feira (16) aponta que a falta de chuvas no Sudeste e Centro-Oeste neste mês de janeiro, em pleno verão, pode levar a uma redução no armazenamento de água nos reservatórios das principais hidrelétricas do país, contribuindo para elevar a crise no sistema elétrico nacional e o risco de racionamento.

No documento, o ONS revê para baixo a previsão da quantidade de água que deve chegar às represas de usinas das duas regiões até o fim de janeiro, que agora pode ser de apenas 39% da média histórica, no pior cenário. No melhor, chegaria a 49% da média para o mês.

Em relatório anterior, divulgado na semana passada, o cenário previsto pelo operador era que a quantidade de água entrando nos reservatórios em janeiro ficaria entre 46% e 67% da média histórica.

As hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste respondem por cerca de 70% da capacidade do país de gerar energia, por isso o governo acompanha a situação delas com atenção. Na quinta (15), dado mais recente, elas registravam armazenamento de água médio de 18,72%.

O nível nessas represas vem caindo nos últimos dias, frustrando as expectativas do governo. Em situação normal, elas deveriam estar enchendo, já que as duas regiões estão no período de chuvas mais intensas, que vai de novembro a abril.

Nível precisa chegar a 33%

No início do mês, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse que, para garantir o fornecimento de energia neste ano, essas represas precisam chegar ao fim de abril com cerca de 33% de armazenamento.

Ainda no relatório divulgado nesta sexta, a previsão do ONS é que os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste cheguem ao fim de janeiro com armazenamento médio de 18%. No documento da semana passada, a estimativa era de 22,2%.

Para se ter uma ideia, ao fim de janeiro de 2014, quando também choveu abaixo da média histórica, o nível de água nessas represas era de 40,28%.

Fonte: www.expressomt.com.br

Por: Desirée Duque | Imprimir