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Ministro afirma que não vai faltar energia e que "Deus é bra

Causas do blecaute foram analisadas a portas fechadas. Governo anunciou reforço na geração nas usinas térmicas.
Ministro afirma que não vai faltar energia e que

Foto: g1.globo.com

Técnicos do Governo Federal ainda investigam as causas da suspensão do fornecimento de energia que atingiu 11 estados e o Distrito Federal, deixando mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras ficaram sem luz. O governo anunciou um reforço na geração nas usinas térmicas. O ministro de Minas e Energia disse que não vai faltar energia e afirmou que "Deus é brasileiro".
As causas do blecaute foram analisadas a portas fechadas. O corte durou cerca de uma hora e atingiu as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e no Norte, em Rondônia. No total, 11 estados e o Distrito Federal.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS - decidiu reduzir a carga em 5% e as concessionárias tiveram que suspender o fornecimento para parte dos clientes. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, o corte foi de 10%.

Segundo a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia, mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras ficaram sem energia em todo o país.
Na terça-feira (20), o ministro de Minas Energia recebeu jornalistas duas vezes em Brasília para falar sobre as investigações. No início da tarde, Eduardo Braga disse que não houve falta de geração de energia e sim um problema na transmissão.

"Nós precisamos apurar. Foi uma falha aparentemente técnica na rede norte-sul que acabou acarretando o desligamento para prevenção em função da queda de frequência para não termos problemas adicionais", disse Braga.
O sistema interligado não suportou o aumento da transferência de energia das usinas das regiões Norte e Nordeste para a região Sudeste - que ocorreu segundo o ONS - por aumento do consumo no horário de pico.
O ministro voltou a falar à noite e apontou falhas em usinas que, segundo ele, não deveriam ter sido desligadas. Entre elas, a Hidrelétrica Ney Braga, no Paraná. "A ação de proteção de potência da Usina Ney Braga foi indevida, não era para ter acontecido", afirmou o ministro.
O desligamento da usina nuclear de Angra dos Reis, no Rio, também é investigado. Segundos especialistas, a falta de chuvas e o nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas fragilizam o sistema de geração de energia do país.
"O governo teve um planejamento também errado e as obras de geração e transmissão estão atrasadas", diz um especialista.
"O que ocorreu não é nada de excepcional. Geradores quebram todos os dias, tem dias quentes com frequência. As linhas de transmissão caem e você teria que planejar o sistema para resistir a essas situações", explicou um especialista.
Mas para o operador nacional do sistema, basta fazer ajustes nos mecanismos de proteção das usinas geradoras de energia elétrica para que os cortes no abastecimento não se repitam.
Depois da reunião com os técnicos, o diretor do ONS falou sobre as investigações. "Primeiro que não foi apagão, foi um corte preventivo de cargas, feito pelo Operador, para evitar um desligamento de maiores proporções. A falha desse sistema de proteção dessas usinas, desses ajustes, foram identificados e alguns vão ser investigados. Isso eu não considero falha, eu considero atuação correta da proteção em função do desvio de frequência", afirmou o diretor do ONS, Hermes Chipp.
O ministro confirmou que o sistema receberá o reforço de 1500 megawatts. Eduardo Braga afirma que o sistema é robusto e que não faltará energia. "Não há previsão de racionamento. Deus é brasileiro e nós também temos que contar de que ele vai trazer um pouco de umidade e um pouco de chuva para que a gente possa ter mais tranquilidade ainda", disse.
O Ministério de Minas e Energia informou que parte do reforço no fornecimento de energia vai vir de usinas térmicas da Petrobras, que estão em manutenção, mas que voltarão a funcionar no mês que vem.
A Copel, companhia responsável pela Usina Ney Braga, no Paraná, informou que o desligamento foi automático - provocado por uma variação na frequência.

Fonte: g1.globo.com

Por: Desirée Duque | Imprimir