Categoria Geral  Noticia Atualizada em 28-01-2015

Dilma Rousseff defende ajuste fiscal em reunião ministerial
Recado para os ministros foi para mostrar serviço, gastando menos. Presidente disse que medidas pontuais são para garantir crescimento.
Dilma Rousseff defende ajuste fiscal em reunião ministerial
Foto: g1.globo.com

O escândalo da Petrobras envolvendo as empreiteiras foi assunto na primeira reunião ministerial do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. E a presidente se disse preocupada em punir as pessoas e preservas as empresas.
Um recado para os ministros foi para mostrar serviço, gastando menos. Outro recado foi para sindicalistas, políticos insatisfeitos com as medidas já anunciadas. A presidente Dilma defendeu o ajuste fiscal, que aumentou impostos e dificultou o acesso a benefícios da Previdência. Disse que foram medidas pontuais para garantir o crescimento da economia e que os direitos trabalhistas são intocáveis.
A reunião foi na residência oficial da Granja do Torto. Os 39 ministros presentes. A presidente Dilma Rousseff abriu o primeiro encontro com a equipe do segundo mandato com um discurso de 40 minutos. Defendeu as mudanças já anunciadas no seguro-desemprego, no abono salarial e na pensão por morte. Dilma negou a retirada dos direitos trabalhistas e disse que são medidas corretivas.
"Direitos trabalhistas são intocáveis e não será o nosso governo, um governo dos trabalhadores que irá revogá-los", discursou Dilma Rousseff.
A presidente justificou os ajustes na economia. "Contas públicas em ordem são necessárias para o controle da inflação, o crescimento econômico e a garantia, de forma sustentada, do emprego e da renda. Nós vamos promover o reequilíbrio fiscal de forma gradual", afirma.
E cobrou uma redução nos gastos de cada ministério. "Lembro a cada um dos ministros que as restrições orçamentarias exigirão mais eficiência no gasto. Vamos fazer mais gastando menos".
Ao falar sobre corrupção, a presidente disse que vai mandar para o Congresso um projeto de lei que aumenta a punição de servidores corruptos e que a Petrobras passa por um processo de mudanças para aumentar o controle e a transparência.
"Nós devemos punir as pessoas e não destruir as empresas. As empresas, elas são essenciais para o Brasil. Nós temos que saber punir o crime, nós temos de saber fazer isso sem prejudicar a economia e o emprego do país", afirma a presidente Dilma Rousseff.

A crise hídrica também entrou na pauta da reunião. Dilma Rousseff afirmou que o país vive a pior estiagem das últimas décadas e que o governo federal está colaborando com governadores e investindo em obras estaduais. A presidente, no entanto, fez questão de dizer que o abastecimento de água é de responsabilidade de cada um dos estados.

"Em São Paulo, estamos autorizando, e já tínhamos autorizado, a partir das solicitações do governador, as grandes obras para ampliar a oferta de água e vamos fortalecer ainda mais nosso apoio a São Paulo", discursou Dilma Rousseff.
E terminou pedindo que os ministros defendam o governo, no que chamou de batalha da comunicação. "Nós não podemos permitir que a falsa versão se crie e se alastre. Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação. Levem a posição do governo à opinião pública. Sejam claros. Sejam precisos. Se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas", diz a presidente.
Nessa primeira fala na primeira reunião ministerial, a presidente também prometeu abrir mais espaço para os empresários no segundo mandato e fechar algumas parcerias com a iniciativa privada para a construção de estradas e portos por exemplos.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir