Petroleira é a antiga OGX, que pertencia ao empresário,
Renúncia ocorre após cumprimento das principais etapas da reestruturação.
Foto: expressomt.com.br A petroleira Óleo e Gás Participações, antiga OGX, divulgou no fim da terça-feira (27) a renúncia do empresário Eike Batista aos cargos de presidente e membro do Conselho de Administração da companhia.
Em fato relevante, a empresa afirmou que a renúncia ocorre após "cumprimento exitoso das principais etapas do plano de reestruturação da companhia e sua subsidiária OGX Petróleo e Gás - em recuperação judicial".
Em outubro do ano passado, Eike Batista deixou de ser o principal acionista da antiga OGX. Dando continuidade ao processo de recuperação judicial da companhia, o ex-bilionário entregou o controle da empresa aos credores para se livrar de uma dívida de R$ 13,8 bilhões. A ação já estava prevista no plano de recuperação judicial apresentado pela empresa à Justiça em fevereiro de 2013.
Esse não foi o primeiro negócio do qual Eike Batista abriu mão. No dia 8 de janeiro, a IMX, holding de negócios nos setores de esportes e entretenimento, anunciou que a Mubadala Development Company, empresa de investimento e desenvolvimento de Abu Dhabi, adquiriu a participação que o Grupo EBX detinha na companhia e se tornou o novo acionista majoritário.
O fundo Mubadala era um dos principais credores de Eike e já tinha adquido participação em projetos de mineração, mineação e petróleo do grupo EBX, e detém atualmente fatias do capital da Prumo e no Porto Sudeste, principal ativo da MMX.
Turbulências na OGX
A OGX entrou com pedido de recuperação judicial em 30 outubro de 2013, quando declarou uma dívida consolidada de R$ 11,2 bilhões. As turbulências tiveram início em 2012, quando a companhia divulgou que a vazão de óleo nos primeiros poços perfurados em um campo na bacia de Campos era de apenas um terço do que o mercado esperava. No dia seguinte, as ações da companhia fecharam em queda de 26,04%.
Esse fato foi sucedido por novas frustrações com o nível de produção da OGX. As ações da petroleira atingiram novas mínimas, acumulando uma queda de mais de 95% desde a cotação máxima registrada pelos papéis da companhia, em outubro de 2010, segundo levantamento da consultoria Economatica.
Após o anúncio, as principais agências de classificação de risco passaram a rebaixar a nota de crédito da petrolífera de Eike Batista. No início de outubro de 2013, a OGX comunicou ao mercado que não pagaria cerca de US$ 45 milhões das parcelas referentes a juros de dívidas emitidas no exterior, vencidas no dia 1º deste mês. No final daquele mês, entrou com pedido de recuperação judicial.
Fonte: expressomt.com.br
|